Complexo cient\u00edfico recebeu, at\u00e9 setembro, repasse de R$ 75 milh\u00f5es dos R$ 255,1 milh\u00f5es previstos para 2019\u00a0<\/strong><\/em><\/p>\n

O\u00a0principal projeto do governo federal de pesquisa cient\u00edfica, o Sirius, em Campinas, interior de S\u00e3o Paulo, n\u00e3o ficar\u00e1 completamente pronto at\u00e9 o fim de 2020, conforme previsto inicialmente.<\/p>\n

Com a maior e mais complexa infraestrutura cient\u00edfica j\u00e1 constru\u00edda no Brasil, o\u00a0projeto recebeu at\u00e9 setembro repasse de R$ 75 milh\u00f5es dos R$ 255,1 milh\u00f5es previstos para 2019\u00a0\u2014 29,4% do total. Do valor repassado,\u00a0R$ 50 milh\u00f5es foram gastos.<\/p>\n

O Sirius \u00e9 um\u00a0laborat\u00f3rio de luz s\u00edncrotron de 4\u00aa gera\u00e7\u00e3o, que atua como uma esp\u00e9cie de “raio X superpotente” que analisa diversos tipos de materiais em escalas de \u00e1tomos e mol\u00e9culas. Atualmente, h\u00e1 apenas um laborat\u00f3rio de 4\u00aa gera\u00e7\u00e3o de luz s\u00edncrotron operando no mundo: o MAX-IV, na Su\u00e9cia. No Brasil, essa tecnologia s\u00f3 est\u00e1 dispon\u00edvel em equipamentos de 2\u00aa gera\u00e7\u00e3o, em funcionamento h\u00e1 30 anos.<\/p>\n

Apesar de garantir o in\u00edcio de opera\u00e7\u00e3o no pr\u00f3ximo ano, o diretor do projeto, Ant\u00f4nio Jos\u00e9 Roque da Silva, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), destaca que o or\u00e7amento dotado pelo governo federal impede a conclus\u00e3o no prazo inicial. Segundo ele, a entrega de todas as 13 linhas de pesquisa previstas no Sirius dever\u00e1 ficar para 2021.<\/p>\n

No in\u00edcio deste m\u00eas, ao anunciar o\u00a0remanejamento de R$ 82 milh\u00f5es\u00a0do or\u00e7amento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient\u00edfico e Tecnol\u00f3gico (CNPq), o ministro da Ci\u00eancia e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que umas\u00a0 das possibilidades de recursos adicionais da pasta para pagamentos de bolsas do CNPq poderia ser remanejar verba inicialmente prevista para o Sirius.<\/p>\n

O diretor do projeto, no entanto, afirmou que a entrega por etapas das 13 linhas de pesquisa n\u00e3o tem rela\u00e7\u00e3o com a fala do ministro Pontes. Em nota enviada na quarta-feira (11), o pr\u00f3prio minist\u00e9rio negou que haver\u00e1 “remanejamento de recursos das entidades vinculadas para pagamento de bolsas.”<\/p>\n

Sobre o atraso na conclus\u00e3o do Sirius, a pasta informou que tem se empenhado, em um “cen\u00e1rio de restri\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria”, para manter recursos para seus institutos de pesquisa e entidades vinculadas.<\/p>\n