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\u201cUtilizando um algoritmo, denominado CellComm<\/em>, n\u00f3s descobrimos novos processos biol\u00f3gicos envolvidos na forma\u00e7\u00e3o de c\u00e9lulas sangu\u00edneas\u201d, explica o professor. Por essa descoberta, Rocha descreveu o comportamento de uma prote\u00edna, chamada APP, que \u00e9 tipicamente envolvida em processos neurodegenerativos, mas que, para a surpresa dos pesquisadores, tamb\u00e9m est\u00e1 envolvida na forma\u00e7\u00e3o das c\u00e9lulas-tronco e progenitoras sangu\u00edneas que precedem as c\u00e9lulas-tronco que residem na medula \u00f3ssea.<\/p>\n\n\n\n
Esta mesma prote\u00edna, quando inibida em animais de laborat\u00f3rio, aumenta substancialmente a produ\u00e7\u00e3o das c\u00e9lulas-tronco hematopoi\u00e9ticas, o que pode levar ao desenvolvimento de novas terapias celulares. Esse processo tamb\u00e9m poderia acelerar e facilitar a produ\u00e7\u00e3o de c\u00e9lulas-tronco em laborat\u00f3rio, o que de algum modo tamb\u00e9m pode impactar em processos terap\u00eauticos.<\/p>\n\n\n\n
\u201cTal feito poder\u00e1, caso um dia funcione de forma robusta, reduzir a necessidade de doadores de medula \u00f3ssea, pois as c\u00e9lulas-tronco e progenitoras poderiam ser geradas em laborat\u00f3rio a partir das c\u00e9lulas do pr\u00f3prio paciente por meio da reprograma\u00e7\u00e3o celular\u201d, explica o pesquisador.<\/p>\n\n\n\n
Ci\u00eancia b\u00e1sica<\/strong><\/h3>\n\n\n\nComo as c\u00e9lulas-tronco do sangue nascem? Essa \u00e9 uma das perguntas essenciais ao trabalho de Rocha e da equipe de Harvard com a qual ele tem trabalhado h\u00e1 mais de dez anos. De acordo com ele, boa parte do sangue de um adulto tem origem embrion\u00e1ria, por isso \u00e9 importante entender esses processos.<\/p>\n\n\n\n
\u201cAs c\u00e9lulas-tronco do sangue geram todas as outras c\u00e9lulas sangu\u00edneas, por isso \u00e9 preciso entender como elas nascem e como elas produzem sangue\u201d, pontua. Segundo ele, a partir de t\u00e9cnicas da biologia computacional e experimental foi poss\u00edvel descobrir que havia c\u00e9lulas anteriores \u00e0s c\u00e9lulas troncos \u2013 chamadas de progenitoras multipotentes embrion\u00e1rias. Entender como elas nascem e migram para a medula \u00f3ssea, por exemplo, \u00e9 um mecanismo descrito pela ci\u00eancia b\u00e1sica.<\/p>\n\n\n\n
O professor explica que as c\u00e9lulas progenitoras s\u00e3o formadas nas primeiras semanas de gesta\u00e7\u00e3o, pois s\u00e3o essenciais para o embri\u00e3o em desenvolvimento \u2013 processo que foi estudado, na pesquisa, em embri\u00f5es de camundongos. As c\u00e9lulas foram identificadas com uma esp\u00e9cie de c\u00f3digo de barras, o que tornou poss\u00edvel definir quais geravam quais.<\/p>\n\n\n\n
A pesquisa tamb\u00e9m pretendia entender como, mesmo n\u00e3o havendo c\u00e9lula-tronco, j\u00e1 havia produ\u00e7\u00e3o de sangue nas primeiras semanas da gesta\u00e7\u00e3o. A descoberta destas progenitoras pode ser fundamental para o processo de facilita\u00e7\u00e3o de terapias celulares que atuem, por exemplo, na cura do c\u00e2ncer ou na substitui\u00e7\u00e3o de transplantes<\/p>\n\n\n\n
Em um outro estudo com participa\u00e7\u00e3o da UFSC, c\u00e9lulas-tronco pluripotentes foram utilizadas para produzir um tipo de c\u00e9lula imunol\u00f3gica conhecida como linf\u00f3cito T, que atuam no sistema imune, por exemplo, por meio da elimina\u00e7\u00e3o de c\u00e9lulas infectadas ou tumorais.<\/p>\n\n\n\n
Estes linf\u00f3citos T criados em laborat\u00f3rio foram geneticamente modificados com um receptor artificial para reconhecer c\u00e9lulas tumorais de linfoma, um tipo de c\u00e2ncer hematol\u00f3gico. Estudos pr\u00e9-cl\u00ednicos em animais de laborat\u00f3rio demonstraram a efic\u00e1cia desta nova terapia celular.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Not\u00edcias da UFSC<\/a><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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