Portaria tem apoio de institui\u00e7\u00f5es de ensino, mas \u00e9 criticada por entidades m\u00e9dicas, que preveem abertura de 37 mil vagas sem a devida estrutura; especialistas divergem, afirma o Estad\u00e3o<\/em><\/strong><\/p>\n\n\n\n

Uma portaria do\u00a0Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o (MEC)<\/strong>\u00a0publicada na segunda-feira liberou o pedido de novas vagas em cursos de\u00a0Medicina<\/strong>\u00a0at\u00e9 o limite de mais cem alunos. A medida vale para as escolas criadas por chamamento p\u00fablico, no \u00e2mbito do Mais M\u00e9dicos. Desde 2013, quando a iniciativa foi criada, o n\u00famero de escolas no Brasil passou de 210 para 354, um crescimento de 69%. De um lado, as entidades m\u00e9dicas apontam o risco de precarizar as condi\u00e7\u00f5es da forma\u00e7\u00e3o. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas.<\/p>\n\n\n\n

Em nota p\u00fablica, o\u00a0Conselho Federal de Medicina (CFM)<\/strong>\u00a0pediu a imediata revoga\u00e7\u00e3o da portaria. \u201cLamentavelmente, essa decis\u00e3o foi tomada sem consulta ao CFM e \u00e0s demais entidades m\u00e9dicas. Isso expressa uma op\u00e7\u00e3o excludente, autorit\u00e1ria e pouco transparente na condu\u00e7\u00e3o de tema delicado e com consequ\u00eancias para a vida da popula\u00e7\u00e3o e dos profissionais\u201d, afirmou. Conforme o conselho, a portaria possibilita a cria\u00e7\u00e3o de 37 mil vagas em cursos j\u00e1 existentes, \u201cmilhares delas em munic\u00edpios que n\u00e3o oferecem condi\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para o pleno processo de ensino e aprendizagem\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Conforme a\u00a0Associa\u00e7\u00e3o M\u00e9dica Brasileira<\/strong>\u00a0(AMB), o Pa\u00eds tem 570 mil m\u00e9dicos distribu\u00eddos de forma inadequada, problema que a portaria do MEC n\u00e3o corrige. \u201cConsiderando que n\u00e3o temos uma carreira nacional do m\u00e9dico, o que facilitaria a correta distribui\u00e7\u00e3o dos profissionais, a AMB se posiciona contra a abertura de novas escolas m\u00e9dicas ou o aumento de vagas nos cursos de Medicina. A AMB entende que a prioridade neste momento \u00e9 a melhoria da qualifica\u00e7\u00e3o da gradua\u00e7\u00e3o m\u00e9dica das institui\u00e7\u00f5es de ensino j\u00e1 existentes\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n

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