O ministro da Educa\u00e7\u00e3o, Aloizio Mercadante, fez um apelo hoje (23) para que os professores das universidades federais suspendam a greve declarada na \u00faltima quinta-feira (18) e que j\u00e1 conta com a ades\u00e3o de 41 das 59 universidades federais. De acordo com o governo, h\u00e1 prazo para que as negocia\u00e7\u00f5es sobre a reestrutura\u00e7\u00e3o da carreira, principal reivindica\u00e7\u00e3o dos docentes, seja conclu\u00edda a tempo de ser inclu\u00edda no Or\u00e7amento de 2013.<\/p>\n

No ano passado o governo fechou um acordo com a categoria que previa um aumento de 4% a partir de mar\u00e7o, incorpora\u00e7\u00e3o de gratifica\u00e7\u00f5es e reestrutura\u00e7\u00e3o do plano de carreira para 2013. Uma medida provis\u00f3ria publicada na semana passada garantiu o aumento retroativo a mar\u00e7o e a incorpora\u00e7\u00e3o das gratifica\u00e7\u00f5es, segundo o ministro. A principal pend\u00eancia ainda \u00e9 a revis\u00e3o do plano, mas Mercadante argumenta que h\u00e1 prazo legal para que essa negocia\u00e7\u00e3o seja conclu\u00edda, j\u00e1 que o or\u00e7amento de 2013, que ir\u00e1 custear as mudan\u00e7as, s\u00f3 ser\u00e1 fechado em 31 de agosto.<\/p>\n

\u201cN\u00e3o vejo o porque de uma greve neste momento, neste cen\u00e1rio em que o governo demonstra todo interesse em cumprir o acordo e h\u00e1 tempo para negociar\u201d, disse. O acordo firmado entre o governo e a categoria no ano passado previa que as defini\u00e7\u00f5es sobre o novo plano de carreira fossem conclu\u00eddas at\u00e9 mar\u00e7o. Segundo o ministro, h\u00e1 um \u201catraso pol\u00edtico\u201d, mas n\u00e3o um atraso legal.<\/p>\n

Segundo Mercadante, a demora na negocia\u00e7\u00e3o do plano se deu em fun\u00e7\u00e3o da morte do secret\u00e1rio executivo do Minist\u00e9rio do Planejamento, Duvanier Costa, que era respons\u00e1vel pela negocia\u00e7\u00e3o salarial de todo o servi\u00e7o p\u00fablico federal.<\/p>\n

\u201cAt\u00e9 encontrar um substituto para o cargo tivemos um certo atraso que prejudicou a negocia\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o traz nenhum preju\u00edzo material ao docente, porque o acordo previa mudan\u00e7as na carreira a partir de 2013\u201d, disse. O ministro lembrou que foi fundador do Sindicato Nacional dos Docentes das Institui\u00e7\u00f5es de Ensino Superior (Andes) e disse que \u00e9 um direito leg\u00edtimo dos trabalhadores reivindicarem melhorias, mas condenou o momento escolhida para a greve.<\/p>\n

Os docentes tamb\u00e9m pedem melhorias das condi\u00e7\u00f5es de trabalho nos novos campi, que foram criados nos \u00faltimos anos por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestrutura\u00e7\u00e3o e Expans\u00e3o das Universidades Federais (Reuni). Segundo Mercadante, os problemas na entrega das obras dos 132 novos campi s\u00e3o \u201cpontuais\u201d e n\u00e3o s\u00e3o a justificativa para a paralisa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

O Andes marcou para o final da tarde de hoje uma coletiva para falar sobre a greve.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"