Frente Parlamentar Mista da Educação é lançada na Câmara

Com críticas ao MEC e foco em financiamento, frente integra senadores, deputados e representantes de organizações ligadas à Educação

Nesta quarta-feira (10), foi lançada na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar Mista da Educação. O grupo é composto por senadores, deputados, secretários estaduais e municipais de educação e um conselho consultivo de entidades ligadas ao tema. De acordo com os representantes da frente, o foco primário será a continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Durante o evento foram destacadas as propostas de emenda constitucionais que tramitam no Senado Federal (PEC 33/2019) e na Câmara dos Deputados (PEC 15/2015) e que buscam a permanência do Fundeb, que sai de vigor em 2020. Hoje, o fundo representa 65% dos recursos para área da educação no Brasil e ainda não há uma posição do governo federal sobre a questão.

Para a deputada que preside a bancada, professora Dorinha Rezende (DEM-TO), a tarefa da frente é “construir, a partir de diferentes representações, um movimento que acredite e torne a educação uma urgência e uma emergência.”

Críticas ao MEC

A crise político-administrativa no Ministério da Educação e os objetivos sinalizados pelos dirigentes que passaram pela pasta foram criticados durante o lançamento. A presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, afirmou que “não podemos ficar com soluções imaginárias para inimigos imaginários, mas atacar o verdadeiro vilão da educação: a falta de uma agenda pragmática com boa implementação”. 

O deputado Israel Batista (PV-DF) avalia que o Brasil corre o risco de brigar por assuntos sem real relevância e que, atualmente, repercussões em redes sociais pautam as atuações dos altos gestores da educação no país.

“Eu acredito que essa comissão tem a missão de trocar o debate sobre a avaliação dos itens do Enem pelo debate sobre as metas do PNE. Trocar o debate sobre homeschooling pela discussão sobre o déficit de aprendizagem. O debate do Escola sem Partido, que não tem básica estatística, não há pesquisa que ampare esse assunto ocupando nossos recursos e tempo, por uma discussão sobre a revolução tecnológica que o mundo está vivendo”, disse o deputado e secretário-geral da frente.

Assista ao lançamento: Câmara dos Deputados


V.C./L.L.