O reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar, se reúne na tarde desta quarta-feira (24) com o ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário para tratar do relacionamento com a CGU, que recentemente abriu uma série de processos adminstrativos contra servidores da universidade e contra o próprio reitor.
“O relacionamento institucional entre CGU e UFSC ficou abalado. O reitor pediu essa agenda com o ministro para conversar, dizer que não queremos estar acima da lei, mas que o tratamento em relação às demandas que a CGU considera que não estão sendo atendidas pode ser diferente”, diz o chefe de gabinete Áureo Moraes.
O que está em questão é o desdobramento em torno da manutenção do servidor Ronaldo David Viana Barbosa no cargo de corregedor geral da universidade. Ele assumiu o posto em janeiro de 2018, e no início do mês passado teve seu afastamento determinado pela CGU. Uma portaria publiada no dia 8 de abril proibiu Barbosa de acessar as repartições internas e os sistemas eletrônicos internos da UFSC.
A CGU alega que o servidor é alvo de um processo administrativo disciplinar (PAD), aberto em maio do ano passado. A controladoria havia recomendado o afastamento de Barbosa, mas o Conselho Universitário (CUn) decidiu por mantê-lo no cargo no fim de março, o que levou à abertura de processos também contra o reitor e contra a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdma. A reitoria considerou a medida uma “afronta à autonomia universitária”.
Agora, os demais conselheiros do CUn que participaram da reunião e votaram por manter Barbosa no cargo, contrariando a recomendação da CGU, também estão sendo notificados.
N.O.