Protesto unificado no dia do trabalho reúne centrais sindicais na capital paulistad+ nas demais capitais e cidades do país os eventos ainda estão sendo organizados
Todas as centrais sindicais do Brasil se reúnem nesta quarta-feira, 1° de maio, em São Paulo, em ato unificado contra a PEC da previdência proposta pela equipe econômica de Jair Bolsonaro. É a primeira vez na história do sindicalismo nacional que todas as entidades se unem para promover um mesmo protesto. A estimativa é que em torno de 200 mil pessoas participem do protesto.
A Medida Provisória 873, que suspende o desconto da contribuição sindical da folha de pagamento dos trabalhadores, foi uma das motivações para o ato unificado, destaca a Folha de São Paulo.
Para garantir a participação de todas as centrais, foi definida uma pauta mínima: defesa dos direitos dos trabalhadoresd+ contra o fim da aposentadoriad+ pela geração de novas vagas de empregos, além de salários condizentes com as funções ocupadas. Não houve acordo, segundo entre as entidades para inclusão da pauta “Lula Livre”. Também foi aprovado o Dia Nacional de Luta, 15 de maio, dia em que terá início a greve geral dos professores.“ Será uma paralisação de extrema importância para a construção da greve geral da classe trabalhadora brasileira”, afirma o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
Um dos coordenadores do ato, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, afirmou que a falta de diálogo com Bolsonaro também impulsionou o movimento dos sindicatos. Segundo ele, nos quatro primeiros meses de governo Bolsonaro não recebeu nenhum outro líder sindical além do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). “A campanha de Bolsonaro foi contra o movimento sindical, contra o trabalhador”, afirma Gonçalves.
O ato de 1° de maio começa às 10h e tem previsão de encerramento às 13h. Foi organizado pela CUT e pelas demais centrais sindicais – Força Sindical, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central, CGTB, CSB e UGT -, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Foram arrecadados R$ 700 mil para promover o evento, fruto do rateio das dez centrais.
Devem participar também representantes de partidos de alas à esquerda, como Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem medo, além da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do movimento das mulheres.
Entre os artistas confirmados estão Leci Brandão, Simone e Simaria, Paula Fernandes, Toninho Geraes, Mistura Popular, Maiara e Maraísa, Kell Smith, e Júlia e Rafaela.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP) estará presente na manifestação. Covas disse apoiar a reforma da previdência, mas afirmou a necessidade de estar presente em atos populares.
Leia mais em: Folha de SP, CUT, Poder 360
Confira os atos em Santa Catarina e São Paulo (em atualização):
SANTA CATARINA
Florianópolis
9h30 – Debates sobre a Reforma da Previdência e atividades culturais na comunidade do Mont Serrat.
Palhoça
Debates sobre a Reforma da Previdência e atividades na ocupação Nova Esperança.
Blumenau
15h – Ato público em defesa da Previdência na Praça da Prefeitura.
SÃO PAULO (região metropolitana e interior)
Campinas
9h30 – Concentração no Largo do Pará com caminhada até o Largo da Catedral
10h30 – Ato no Largo da Catedral
11h – Ida ao 1º de maio em São Paulo, no Vale do Anhangabaú
*A Missa dos Trabalhadores na Catedral será das 9h às 10h30
Osasco
6h30 – 11º Desafio dos Trabalhadores, tradicional corrida e caminhada de rua do dia 1º de maio, com concentração a partir das 6h30.
São Bernardo do Campo
Ação Inter-religiosa
9h – Concentração na Rua João Basso, 231, com procissão até a Igreja da Matriz
9h30 – Missa
Sorocaba
14h às 22h – O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) organiza um ato político-cultural no Parque dos Espanhóis, com a presença de Ana Cañas, Detonautas, Francisco El Hombre, entre outros.
M.B./L.L.