Weintraub terá que explicar cortes em audiência no Senado nesta terça-feira (7)

Além da audiência no Senado, está marcada audiência com o ministro da Educação na Câmara para 15 de maio

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convidado a dar explicações sobre o corte de 30% das verbas de universidades federais e também a expor seus planos e metas para o MEC, em duas audiências: uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado Federal. A reunião no Senado acontece nesta terça-feira (7), às 11h, e será interativa – comentários e perguntas podem ser enviados por meio do portal e-cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ecidadania ou pelo número telefone 0800-612211. A audiência na Câmara, será na quarta-feira (15), a partir das 10h.  

A audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, cujo presidente é o senador Dário Berger (MDB-SC), procura discutir com o ministro sobre projetos e metas para os próximos anos mas, principalmente, sobre suas recentes declarações em relação à pasta. Para Dário Berger, “É necessário expor o que será feito para elevar o ensino do Brasil a um outro patamar, discutir a modernização da grade curricular e implementação do novo ensino médiod+ a valorização e formação do professord+ o Fundebd+ a inovação a favor do ensinod+ erradicação do analfabetismo, e tantos outros temas relevantes para o país”.

A segunda audiência acontece na Câmara e será conduzida pelo presidente da Comissão de Educação, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). A intenção é a mesma do Senado: fiscalizar as decisões recentes do MEC. Em entrevista ao Blog do Josias (UOL), Pedro Lima afirma que “parece haver no MEC uma incapacidade de gestão. Não há gestão nenhuma em fazer um corte linear de 30%, igual para todo mundo. Não foi feito nenhum estudo, nenhuma avaliação sobre as peculiaridades de cada universidade”.

Após conversa com o ministro, o deputado Pedro Lima afirmou ter ficado com a impressão de que Weintraub acredita que a prioridade é desaparelhar as universidades, as quais hipoteticamente estariam tomadas pela esquerda. “Eu disse ao ministro que, para essa guerra ideológica, ele não conta comigo. Sempre que a linha de ação for ideológica, para satisfazer a uma torcida organizada, estaremos do outro lado. Não se pode menosprezar o interesse do país. O que se espera do MEC são medidas técnicas e urgentes, tomadas a partir de diagnósticos precisos. Não podemos mais errar numa área como a Educação” afirma

Segundo o deputado, “o debate orçamentário envolve inclusive a autonomia universitária. Tudo bem que o governo seja conservador, de direita. Foi eleito, é legítimo. Mas isso não dá a ninguém o direito de fazer na marra o uso do orçamento público para perseguir quem pensa diferente, sobretudo na universidade, cuja principal característica é a diversidade de pensamento”, defende Lima.

Serviço:

A audiência está marcada para às 11h e será realizada em caráter interativo. Os cidadãos que queiram encaminhar comentários ou perguntas podem fazê-lo por meio do portal e-cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ecidadania ou pelo número telefone 0800-612211.

 

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M.B./L.L.