Ministro da Economia também relacionou o regime de repartição à alta criminalidade no país
O ministro da Economia, Paulo Guedes, errou quando disse, nesta quarta-feira, que o sistema previdenciário de repartição, em vigor no Brasil, causa mais suicídios que o de capitalização, utilizado no Chile.
De acordo com dados de 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS), os mais recentes, entre a população de maiores de 70 anos no Chile, 15,4 a cada 100 mil cometem suicídio. Já no Brasil esse número é de 14,3 a cada 100 mil.
O ministro disse que “o sistema de repartição causa mais suicídio do que o sistema de capitalização”. “Suicida-se mais aqui do que lá. E muito mais em Cuba, mais do que aqui e mais do que lá”. A taxa de suicídio entre idosos de Cuba é de fato maior: 39 a cada 100 mil habitantes.
Considerando todas as faixas etárias, o Chile é o 13º país das Américas com a maior taxa de suicídio, atrás de países como Estados Unidos (13,7 a cada 100 mil) e Haiti (12,2 a cada 100 mil), e próximo da taxa de Cuba (10,1 a cada 100 mil). O Brasil está 19º, com cerca de 6,1 suicídios a cada 100 mil habitantes. No fim da lista estão as ilhas caribenhas da Jamaica, Barbados e Antigua e Barbuda, com menos de 2 casos por 100 mil habitantes.
Guedes também relacionou o regime previdenciário atual com a alta criminalidade no país, afirmando que a repartição “é uma arma de destruição em massa de empregos”. “É um crime deixar um jovem dez anos desempregado, na rua. E, nas comunidades mais frágeis, onde há tráfico de drogas, crimes, etc, é um convite”, disse.
“Aí depois você se espanta por que tem 60 mil assassinatos todo ano no Brasil. É uma fábrica de criminosos. Aí quando vai ver, o que está por trás disso? A forma de financiamento dos fundos previdenciários.”
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