A nomeação da médica Denise Pires Carvalho estava prevista para o último dia 20, mas ainda não ocorreud+ ela planeja cortar serviços de segurança e limpeza em função do bloqueio de 41% no orçamento de custeio
Eleita reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela comunidade acadêmica, a médica Denise Pires Carvalho aguarda a nomeação e já estuda cortes nos serviços de limpeza e segurança para contornar o bloqueio de 41% no orçamento de manutenção determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
“No momento a questão orçamentária será o principal desafio: como manter o restaurante universitário aberto, contas de água e luz pagas? Temos mais de 1.200 laboratórios e nove unidades hospitalares que precisam funcionar 24 horas”, diz.
Ela, porém, evita falar sobre o tema antes de ser nomeada formalmente e assumir o lugar do antecessor, Roberto Leher, em 2 de julho. O presidente Jair Bolsonaro prometeu que o faria na segunda (20), mas até agora a decisão não foi publicada no Diário Oficial da União nem há previsão para tal.
Aguardando a nomeação “com bastante prudência”, a nova reitora diz que faria cortes em segurança e limpeza mesmo sem o bloqueio recente, porque já vinha ocorrendo um contingenciamento de verbas federais desde 2014.
Segundo a atual gestão — cujo controle de gastos Carvalho critica— , o orçamento, que era de R$ 582 milhões naquele ano, caiu para R$ 361 milhões em 2019, em valores corrigidos. A médica deve assumir a reitoria da UFRJ com déficit de cerca de R$ 170 milhões da instituição. Mesmo com as contas no vermelho, ela diz que a prioridade da administração, até meados de 2022, será diminuir a evasão de alunos.
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C.G./L.L.