Em visita à Câmara, ministro da Economia declarou que é preciso “desinchar” a máquina pública e ”desacelerar contratações”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara de Deputados nesta terça-feira (4) e sinalizou que o governo federal não fará concursos nos próximos anos. Afirmou ainda que, se depender dele, estados e municípios também devem adotar a mesma metodologia.
Guedes declarou que a máquina pública tem muitos servidores e que é preciso “desinchá-la”. De acordo com o ministro, nos próximos quatro ou cinco anos, 40% dos funcionários públicos devem se aposentar e por isso não será necessária demissão para conseguir diminuir o tamanho da máquina estadual. “Houve excesso de contratações, e os salários subiram ferozmente. Vamos desacelerar essas contratações agora. Vamos informatizar (os serviços)”, destacou.
Durante debate com os parlamentares, o chefe da equipe econômica teve poucos momentos de tensão e defendeu a reforma da Previdência como única forma de reposicionar o país no trilho do crescimento. “O Brasil é uma baleia ferida que foi arpoada várias vezes, está sangrando e parou de se mover. Não tem direita ou esquerda, precisamos retirar os arpões”, acrescentou ainda.
Se aprovada a proposta de emenda à Constituição (PEC) nº 6, da “nova Previdência”, com garantia de R$ 1 trilhão, o ministro avalia que haverá um impacto imediato na economia, com entrada de recursos. Segundo ele, a matéria é fundamental para a retomada da confiança e dos investimentos de empresários. Ele também argumentou que a mudança de sistemas previdenciários, de repartição para a capitalização, permite “a liberdade das futuras gerações”, garantindo a solidariedade do atual regime. “A essência de solidariedade de gerações continua, mas em base sólida e acumulação de recursos.”
Leia a matéria na íntegra: Correio Braziliense
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