Internautas acusam campanha do MEC de racismo

Imagens mostram uma mulher negra sendo substituída por branca ao receber diploma

Usuários das redes sociais acusam uma campanha do Ministério da Educação de racismo. A peça publicitária divulga o prazo de inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) e mostra uma mulher negra ao entrar na faculdade que, ao terminar o curso, é sobreposta por imagens de outra, branca, com o diploma na mão.

A propaganda foi compartilhada na quinta-feira (13) nas redes sociais do MEC e, desde então, é alvo de críticas nas redes.

A maioria dos comentários são críticos ao “branqueamento” da estudante negra ao ser diplomada. Um internauta escreveu que vai avisar os pais que quando ele se formar, no fim do ano, irá “virar branco”: “Não quero assusta-los”.

Inúmeras mensagens questionam a campanha e acusam as peças de racismo. “Se você precisa explicar a peça/campanha significa que ela deu errado. Se para entender a peça veiculada na internet você precisa ter assistido a peça veiculada na TV, já deu errado”, escreveu uma internauta. “Segundo o MEC com o diploma você embranquece!”, disse outro.

Em nota, o MEC afirmou que “a intenção (da campanha) é enfatizar que as oportunidades são iguais para todos os candidatos, e a linguagem escolhida foi a sobreposição de imagens que demonstram a variedade de cor, raça e gênero”.

E que as peça publicitárias “tem por finalidade informar aos estudantes, que realizaram a prova do Enem, que eles terão oportunidade de utilizar a nota do exame para ingressar em universidades públicas e particulares por meio do Sisu, ProUni e Fies”.

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C.G./L.L.