Os cortes orçamentários feitos pelo Ministério da Educação sobre as universidades federais devem atingir não só professores, alunos e funcionários, mas também as comunidades do entorno onde essas instituições chegam com atendimentos diversos: médicos, veterinários, psicológicos, apoio jurídico, fisioterapêuticos, entre outros, via projetos de extensão.
A manutenção dos cursos pode ser diretamente impactada pela incapacidade das universidades manterem em dia as suas despesas como água, luz, segurança, fornecimento de materiais e pagamento de funcionários terceirizados responsáveis, por exemplo, pela limpeza. Os atendimentos são feitos por alunos voluntários e também bolsistas, outro ponto de preocupação para as iniciativas. Algumas universidades já anunciaram um prazo máximo para conseguirem manter em dia os seus compromissos, caso o contingenciamento não seja revertido.
Os cursos de extensão, que possibilitam, entre outros aspectos, uma relação de diálogo entre as universidades e outros setores da sociedade, são citados no Plano Nacional de Educação como estratégia componente da meta 12, que prevê elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior. A política estabelece que as atividades acadêmicas de extensão façam parte de, no mínimo, 10% da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação. A inserção da extensão nos currículos é opcional na pós-graduação.
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