Colapso nas federais: UFPB e UFCG param em outubro por falta de verbas

Segundo os reitores da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Campina Grande, o dinheiro acaba no final de setembro

 

Tanto a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) quanto a Universidade Federal de Campina Grande, ambas no estado da Paraíba, têm funcionado com restrições e dificuldades em função do contingenciamento de recursos imposto pelo MEC. Na segunda-feira (8), os reitores das duas instituições alertaram: só há orçamento para manter as universidades em funcionamento até o final de setembro.

“Não só a UFPB, mas outras federais. A maioria para em setembro se os recursos não forem repassados”, afirmou em entrevista à TV Cabo Branco a professora Margareth Diniz, reitora da UFPB. Segundo ela, a universidade teve cerca de R$44 milhões contingenciados.

“Se o bloqueio for mantido, o que a gente recebeu e ainda tem a receber, excluindo o valor bloqueado, a gente também só fica até o fim de setembro. A partir de outubro teremos dificuldades orçamentárias”, disse o professor Vicemário Simões, reitor da UFCG.

 

Bloqueio

O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas.

O Governo Federal alega que a medida não é um corte nos orçamentos das universidades, mas sim um contingenciamento. Segundo o Governo, os recursos poderão voltar a ser liberados com a melhoria da arrecadação e do cenário econômico.

No total, considerando todas as universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das federais.

 

Confira: Jornal da Paraíba