Presidente indica motivação política na nomeação de reitores que não estão em lista tríplice
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (11) a autonomia das universidades federais e disse que tem evitado nomear reitores que tenham relação com partidos de esquerda.
Em café da manhã com a bancada evangélica, no Palácio do Planalto, ele afirmou que “coisas absurdas” têm ocorrido nos campi universitários, que viraram, segundo ele, “terras deles”.
A autonomia das universidades é garantida pela Constituição Federal. Nos últimos meses, o governo federal reteve a nomeação de reitores, escolhidos em listas tríplices. A motivação teria sido política.
“Coisas absurdas têm acontecido dado a autonomia das universidades”, disse. “Ali virou terras deles, eles que mandam”, acrescentou. O presidente disse ainda que, em algumas listas tríplices, há nomes do PT, do PCdoB e do PSOL e, segundo ele, “não tem como fugir”.
“É do PT, do PCdoB ou do PSOL. Agora, o que puder fugir, logicamente pode ter um voto só na eleição, mas estamos optando por essa questão”, disse. Durante o encontro, o presidente ouviu uma crítica de um integrante da bancada evangélica à Unilab (Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira).
A instituição de ensino lançou na terça-feira (9) um vestibular específico para candidatos transgêneros e intersexuais em unidades no Ceará e na Bahia. O Ministério da Educação já deu sinais de que pode não seguir a nomeação do primeiro da lista tríplice formada pelas instituições em consultas internas.
O governo tem a atribuição legal de oficializar qualquer nome da lista, embora seja tradicional a indicação do primeiro colocado, como forma de respeitar a autonomia das universidades.
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