Ministro da Educação discute com manifestantes no Pará

Weintraub foi abordado por ativistas enquanto jantava em um restaurante 

O ministro Abraham Weintraub (Educação) se envolveu em uma discussão com ativistas em Alter do Chão (PA), onde passa alguns dias com a família.

O ministro foi abordado por ativistas do Engajamundo, uma rede de jovens organizados pelo Brasil. O grupo entregou a ele uma kafta, referência irônica ao episódio no qual ele errou a pronúncia do sobrenome do celebrado escritor Franz Kafka, chamando-o pelo nome da iguaria árabe.  

O cartaz que uma manifestante segurava fazia referência também a outras polêmicas envolvendo Weintraub, como o anúncio de corte de verbas de três universidades por “balbúrdia” e a tentativa do ministro de explicar com chocolates o contingenciamento estendido a todas as federais.  

Weintraub reagiu. Pegou o microfone de músicos que faziam uma apresentação no local e disse que estava de férias com a família. Depois, disparou críticas contra o PT, Lula e até Che Guevara.

Vaiado pela maior parte dos que estavam jantando nos restaurantes com mesas na calçada, o ministro acabou atraindo mais manifestantes além dos ativistas do Engajamundo. Alguns chegaram perto e bateram boca com ele e a sua mulher, que saiu da mesa para defendê-lo, aos gritos.

Pouco antes de deixar a praça, o ministro chegou a pegar a filha caçula no colo enquanto discutia com um grupo de opositores. “Aqui ó, corajoso”, gritava, apontando para a menina em seus braços. Veja o vídeo aqui

O ativista, um indígena, respondeu: “Eu também tenho filhos”. O ministro retrucou dizendo que não ia “à sua casa, enquanto você está comendo”, mas foi interrompido. “Você está na minha casa.”

Weintraub, então, afirmou que “não é porque você está com um cocar que você é mais brasileiro do que eu, seu babaca”. 

O ministro foi convencido pela família a sair e deixa o local sob gritos de “fazendo balbúrdia” e “fascista”.

 

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