O ministro afirmou que vai indicar um nome para substituir o diretor recém exonerado, Ricardo Galvão, entre hoje (5) e amanhã
O ministro Marcos Pontes está no centro das atenções pelo fato de ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro na decisão que resultou na exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão.
Na volta do recesso parlamentar, a Comissão de Meio Ambiente do Senado deve aprovar o convite para que o ministro vá à tribuna se explicar sobre a demissão do diretor do Inpe. A exoneração de Galvão ocorreu duas semanas depois de o presidente Jair Bolsonaro duvidar dos dados científicos do Instituto.
Pontes afirmou, em entrevista à Radio Eldorado nesta segunda-feira (5), que vai indicar um novo dirigente para o Instituto entre hoje (5) e amanhã. Há expectativa sobre qual será o sobre o critério – técnico ou político – dessa indicação e, também, se seguirá o rito habitual da instituição, baseada em lista tríplice, como nas universidades federais.
A reportagem da rádio Eldorado questionou Pontes a respeito do desmerecimento dos dados científicos pelo presidente Jair Bolsonaro – tanto no caso do Inpe quanto no episódio da Fiocruz e, ainda, em relação ao aquecimento global: “Como o senhor, um homem da ciência, lida com isso?”, perguntou uma das repórteres.
“Minha função é fazer as recomendações, mostro o que temos de dados e esse é um dos subsídios que eles têm para tomar as decisões. Por exemplo, o caso do desmatamento, explico como funciona o Deter, o Prodes, como gestor é minha função fazer isso”, resumiu, sem entrar em detalhes sobre a postura do presidente frente às informações científicas levantadas pelo Inpe. Os dados do Prodes – sistema que monitora o desmatamento da Amazônia via satélite – e do Deter, que também detecta áreas desmatadas, foram colocados em dúvidas pelo presidente Jair Bolsonaro.
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