Expectativa do governo é de que o texto seja enviado para o Senado até o fim de semana e que tudo esteja concluído até 30 de setembro
A Câmara dos Deputados pode votar a partir hoje, em segundo turno, a proposta de reforma da Previdência. O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.
Da mesma forma que o primeiro turno, a proposta precisa do voto de um mínimo de 308 deputados para ser aprovada e então enviada ao Senado, onde também passará por dois turnos de votação.
Nessa fase de tramitação, os partidos podem apresentar apenas os chamados destaques supressivos, ou seja, para excluir algum trecho do texto aprovado em primeiro turno.
Ontem (5), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse esperar que a reforma esteja no Senado até o fim de semana, após aprovação na Câmara. A expectativa do governo é que a votação da reforma seja concluída entre os dias 20 e 30 de setembro.
Em relação ao texto aprovado pela comissão especial, de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), foram três as principais mudanças na primeira votação em Plenário. Uma delas é a redução da idade exigida do professor de ensino infantil e básico para se aposentar com pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar para cumprir o requisito na data de publicação da futura emenda constitucional. A idade passou de 55 anos se mulher e 58 anos se homem para 52 anos se mulher e 55 anos se homem.
Na regra de transição de aposentadoria por idade, os deputados também diminuíram de 20 anos para 15 anos o tempo mínimo de contribuição exigido para se aposentar pelo INSS. Para a mulher, no cálculo do salário pela média, ela receberá 60% do calculado por 15 anos de contribuição e 2% a mais dessa média por cada ano que passar disso.
As sessões de votação da reforma começam hoje à tarde.
As informações são da Agência Câmara