Ubaldo não confirma ao público medidas antecipadas às entidades

Na terça-feira, em reunião convocada pela própria reitoria, Apufsc, Sintufsc e DCE foram informados da nova rodada de cortesd+ com repercussão, plano pode sofrer ajustes 

Em entrevista para a NSC na manhã de hoje, o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, não confirmou as medidas antecipadas, ontem, pelo pró-reitor de Assuntos Estudantis, Pedro Luiz Manique Barreto, a representantes do Sintufsc, da Apufsc e do DCE, em reunião oficial, convocada pelo próprio reitor, e realizada no gabinete da reitoria.  Na ocasião, em quase duas horas de conversa, Barreto listou as novas medidas  e disse que a administração pretendia alcançar uma redução de R$ 1,8 milhão por mês, a partir de setembro. 

Como publicado pela Apufsc, foram divulgados cortes ainda mais drásticos que incluem, por exemplo, a restrição ao uso do Restaurante Universitário (RU) apenas a estudantes isentosd+ a suspensão do duodécimo (cotas mensais de recursos que são repassadas aos centros de ensino)d+ o cancelamento da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), um dos maiores eventos de divulgação científica de Santa Catarinad+ e o congelamento de bolsas de estágio, extensão e monitoria.

Para a NSC, entretanto, Balthazar afirmou que ainda existem outras possibilidades, como por exemplo, o reajuste no preço do restaurante para quem já paga – sugestão que foi dada pelas entidades ao pró-reitor. O reitor também não admitiu o congelamento de bolsas e o cancelamento da Sepex, embora o Pró Reitor de Assuntos Estudantis tenha confirmado essas informações na reunião de ontem.

Em entrevista para o portal, o reitor admite que “já houve demissões nas empresas por conta da redução nos serviços, inclusive com diminuição na frequência de limpeza.” A Apufsc já divulgou matérias sobre a demissão de terceirizados da segurança e sobre o aumento da carga de trabalho dos funcionários da limpeza.

A medida de maior impacto divulgada na reunião é a que diz respeito ao Restaurante Universitário. A ideia inicial, que foi contestada pela Apufsc e pelas outras entidades, é oferecer as refeições apenas aos estudantes que são isentos, por suas condições socioeconômicas. Atualmente o RU atende cerca de 15 mil pessoas por dia em todos os campi  e custa em torno de R$ 2 milhões por mês para a universidade. 

Após o encontro, a Apufsc, assim como as outras entidades, encaminharam um ofício ao reitor Ubaldo Balthazar solicitando a realização de uma reunião aberta, na quinta-feira, às 13h30, para que a administração esclareça a toda a comunidade universitária como a UFSC vai concluir o semestre diante dos bloqueios orçamentários.

Diana Koch