Secretário de Educação Superior disse programa poderia ser batizado de “quem quer dinheiro”
O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que, se o país não discutir o projeto Future-se agora, em poucos anos, será preciso discutir a falência das universidades federais.
Em visita à Comissão de Finanças e Tributação, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28), o ministro apresentou o programa aos parlamentares e ressaltou que o Future-se é uma oportunidade para que os pesquisadores alcancem resultados inovadores e sejam premiados. Nas palavras do ministro, “ficará rico” quem tiver bons indicadores.
É preciso “desmistificar a falácia que está sendo ventilada” em relação ao projeto, disse Weintraub. O programa foi anunciado pelo MEC em julho, e passa por consulta pública até amanhã, quinta-feira (29). Mais de 57 mil pessoas já participaram. Após isso, a pasta pretende enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional.
“Não se trata de privatização ou ferir a autonomia universitária, diminuir recursos, é simplesmente o contrário”, disse. “A gente tem um problema grave com as universidades federais, pois elas são muito caras para os resultados que entregam. O objetivo é salvá-las”.
O representante da pasta de educação voltou a salientar que a adesão ao programa será voluntária e que, sobretudo, o financiamento público da educação continua garantido. As receitas geradas pelo Future-se serão adicionais.
Ainda em resposta às criticas de que o MEC quer atacar as universidades federais, Weintraub disse que quer “terminar seus dias dando aula em federal, para pobre, e não para rico”.
Na mesma reunião, o secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, disse aos deputados que o Future-se poderia ser chamado de programa “quem quer dinheiro”.
“A gente quer valorizar os professores. Um professor que descobrir a cura da dengue, por exemplo, estará milionário. Ele não estará mais sujeito ao teto do STF”, disse Barbosa.”
Confira: Gazeta do Povo