A votação foi realizada utilizando cédulas distribuídas através de um credenciamento. Foto: Diana Koch
Em assembleia estudantil que durou mais de três horas, estudantes da UFSC aderiram à greve geral por tempo indeterminado contra o corte de verbas e a precarização das atividades na universidade. O sol e o calor de 30 graus não impediram que mais de mil alunos ocupassem a Praça da Cidadania em frente à reitoria.
A mesa foi composta por membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Luís Travassos, que coordenaram a reunião, e representantes de estudantes negros e indígenas. Foram abertas 20 falas de três minutos para manifestação dos cursos e encaminhamentos para os próximos passos da paralisação.
O caráter da greve está centrado na recomposição do orçamento da UFSC, contra os cortes do MEC para 2020, rejeição ao programa Future-se, readmissão dos trabalhadores terceirizados, revogação da emenda de gastos, solidariedade à UFFS, entre outras deliberações. Durante os momentos de fala, os estudantes criticaram a postura do reitor Ubaldo Balthazar frente à situação da universidade e lembraram que ele está de férias até o dia 16 de setembro.
Entre os 66 cursos que já sinalizaram mobilização, alguns estão em greve e outros estão em estado de greve – uma condição anterior à paralisação, em que as aulas continuam, mas há um movimento para engajar as diferentes categorias. Nos cursos que já estão em greve estudantil, são desenvolvidas atividades paralelas e há o incentivo para que, em forma de protesto, os estudantes não frequentem as aulas normalmente. Uma comissão está sendo criada para dialogar com os docentes em relação à reposição do calendário acadêmico.