Por raiva, espírito de vingança ou mero desespero ante a perspectiva de desaparelhamento da Apufsc e a perda de um instrumento de ação política em prol da “luta de classes” e da construção “coletiva” do socialismo, inquietam-se, procurando chifre em cabeça de cavalo, como diz o ditado.
Em outras palavras, ante o voto de confiança obtido pelo Presidente, Prof. Armando Lisboa, por ocasião da Assembléia em favor da nova ação pela URP (nesta ocasião os Andesianos vislumbravam um golpe contra o mesmo) e, depois, pela aprovação de todos os artigos já votados para o novo Regimento, esses membros da diretoria procuram atacar o Presidente, criar embaraços ao mesmo e constranger os advogados da nova ação pela URP.
Aos fatos.
Primeiro foi o artigo publicado no Boletim 645 de 12/08/2008, pelo Prof. Fernando Ponte, Diretor de Divulgação e Imprensa, em que este, em tom indignado, perguntava-se por que o Presidente não havia divulgado que “havíamos perdido a nova ação pela URP” (sic).
É patético o nível de desinformação deste diretor, que afinal é de “Divulgação”. O tom do seu artigo foi apocalíptico, considerando a ação terminada, quando na realidade estava apenas começando.
A nova ação da URP não foi perdida.
É mentira!
Perdido estava o diretor de Divulgação e Imprensa. Dei esta explicação no Boletim N. 646 de 21/07/2008, em artigo intitulado “Terrorismo sobre a URP”. O professor Armando também repisou as informações em outro Boletim.
Depois, no Boletim 647 de 04/08/2008, as diretoras Albertina Dutra Silva e Doroti Martins em conjunto com Edgard Martiello Júnior (pessoa que não conheço) vieram a publico para denunciar o fato de o Presidente, ao viajar no período de férias, deixou assinados, antecipadamente, os cheques (nominais, cruzados) para pagamentos futuros com um professor de sua confiança.
Eu teria feito o mesmo, nas circunstâncias!
Ou será que os Andesianos, que já o ameaçaram de público, pelo Boletim, a rever, o Prof. Armando, sua postura ou seu futuro na presidência do Apufsc e que tudo fizeram para golpeá-lo no caso da nova ação, ainda esperam um gesto de confiança?
Houve corrupção no caso? Não! Houve desvio de recursos dos sindicalizados? Não!
Desvio de recursos (e de finalidade) há quando a Apufsc envia nosso dinheiro (cerca de trezentos mil reais ao ano) ao Andes, que os remete, em parte, ao Conlutas, que os repassa ao MST e à Via Campesina, organizações criminosas que visam, pelo via da baderna e do terrorismo, acirrar a “luta de classes” e a “construção de um governo socialista de trabalhadores”. (Sobre este assunto já me manifestei, no Boletim N.643 de 30/06/2008, em artigo intitulado “Sobre sindicalismo, aparelhamento sindical e cara-de-pau”).
Desvio de recursos há quando nosso dinheiro é usado para financiar a alegre revoada dos andesianos para os vários “pick-nicks” anuais do Andes, como o recente congresso do Conad. (É preciso lembrar, aqui, que o Andes teve seu registro cassado e, portanto, não tem existência legal).
Finalmente, no último Boletim, vem a professora Albertina Dutra Silva acusar o presidente de censor de informações sobre a URP.
Isto depois do meu acima referido artigo, do artigo esclarecedor do Prof. Armando, também publicado no Boletim e, mais importante, das explicações de um dos advogados que assinam as petições da nova ação pela URP, feitas públicas (também via Boletim) pelo presidente da Apufsc.
Isto apesar de o processo ser público! Basta entrar no sítio do TRF para se esclarecer sobre o andamento do processo. Nada justifica esta guerrinha de nervos, queixa-se a professora de que não se sentiu suficientemente esclarecida com as explicações do advogado (sentir-se-á algum dia?) e que, por isso, “a diretoria” (sic) resolveu enviar pedido de explicações adicionais.
Aqui já está uma cavalar impertinência: quem fala e responde, em nome da Apufsc, é o Presidente.
Que diretoria é esta que enviou ofício ao advogado?
O professor Armando, Presidente da Apufsc, não assinou tal ofício!
Mas é o velho e surrado cacoete sindicalista: dois ou três andesianos da diretoria juntam-se em reunião não convocada pelo presidente, decidem o que bem entendem e passam isto à frente, como “decisão da diretoria”.
Decisão da diretoria uma pinóia!
A Apufsc não deve ser tratada como a casa da sogra de um grupelho de andesianos.
Uma estranheza: o que leva estes andesianos a demonstrar, agora, tamanho zelo pela ação da URP?
Logo eles que não a queriam, ou pelo menos que não a queriam com outros advogados que não os que conduziram, de forma desastrosa, o feito até a sua morte lenta e sofrida.
Há algo de muito estranho (para não dizer podre, como Hamlet) no reino da diretoria da Apufsc!
Queixa-se a professora da resposta do Professor Armando, publicada por ela no Boletim: “Não cabe atravessar nisso. É apostar no tensionamento. Joguinho político infame”.
Não sei se o Prof. Armando disse mesmo isto.
Se não disse, digo eu.