Um dos eleitores de primeira hora do atual reitor confirmou: “- O Prata teve que manter o Luiz Henrique. É compromisso de campanha”.Lembrando: Luiz Henrique é quem ocupa o cargo de pró-reitor de Recursos Humanos e o único dos pró-reitores de Lúcio Botelho a permanecer no cargo. Entre tantos bons pró-reitores que Lúcio teve, ficou o que serviu de garoto de recados da Advocacia Geral da União no episódio do corte da URP. Explico: nossos patrões em Brasília enviaram um ofício a este pró-reitor, via Advocacia Geral da União, solicitando a supressão da referida rubrica de nossos salários. Este ofício continha uma recomendação ao Luiz Henrique: comunique todos os professores que serão afetados, para que eles tenham amplo direito à defesa e ao contraditório, como manda a lei. Luiz Henrique, mais que rápido e mais realista que o rei, respondeu com um ofício à AGU, onde afirmava que nós já tínhamos sido comunicados em 2006(!) e que o corte já estava sendo providenciado. O problema é que nós não fomos comunicados em 2008 e não tivemos nenhum direito à defesa nesta ocasião.
Este corte fez com que centenas de professores da UFSC se mobilizassem, colocando em segundo plano várias atividades acadêmicas, em defesa de seu direito. Muitos, como eu, tiveram sua saúde afetada – como é possível viver com uma redução de mais de um quarto de seu ganho mensal, em uma grade de gastos já toda comprometida? Evidentemente, isto afetou o desempenho de muitos de nós. Também é evidente que a UFSC foi afetada negativamente, uma vez que o principal de seus recursos – que é o recurso humano – foi tão duramente atingido. Casualidade ou não, no dia em que recebeu a notícia do corte de seu salário, um professor da UFSC morreu. É, pode ter sido casualidade, mas foi no dia em que ele recebeu a notícia do corte, então também pode ter sido causalidade.
Ora, é justamente para gerir o mais valioso recurso da UFSC que este Luiz Henrique foi mantido, causando um mal-estar generalizado na comunidade acadêmica – e desconforto em muitos dos eleitores do atual Reitor. Que compromisso de campanha é este que obriga o Professor Prata a manter quem se mostrou incompetente para esta função de extrema importânciad+ o que está por trás disto? Será que este “compromisso de campanha” sinaliza o sentido que o Professor Prata dará à sua gestão? Faço esta pergunta convicto de que nossa comunidade espera uma resposta.