Além de concordar com o que o colega Nelson Gabilan escreveu no site da APUFSC-Sindical sobre a proposta apresentada ao Cun por um grupo de 10 professores, vou além: A proposta parece que confunde os critérios de ingresso para titular atual com os critérios de ingresso para titular de carreira. Claramente não entenderam ou não entendem o que foi e ainda é a luta do movimento sindical por uma estrutura de carreira. O que temos é apenas uma malha salarial e nada mais. E agora temos sim, uma chance de TODOS, com titulação suficiente, chegarem a titular até o fim da carreira, uns mais rápido que outros, mas todos terão esta chance. E isso é fundamental, até por questão de segurança no futuro, após a aposentadoria (é só ver os colegas atuais aposentados Adjuntos, antes da criação dos associados). A proposta enfatiza critérios do CNPq? Que bobagem é esta? E ainda por cima supervaloriza pesquisa (desprestigiando principalmente ensino, atividade fim e tão nobre de uma academia) quantificando-a, em vez de qualificá-la? Esta proposta foi apresentada por um grupo que sequer se interessou em discutir com a comunidade acadêmica! Por atitudes assim, tão comum em alguns colegas da academia (felizmente poucos) que a proposta encabeçada pelo colega Nestor Roqueiro foi amplamente divulgada e discutida e rediscutida inúmeras vezes, sendo modificada em muito, até que teve a forma final protocolada (acordada entre os que participaram da discussão), para que a comunidade, mais uma vez, venha a se m anifestar. Mas é importante salientar que não foi proposta “aventureira”, saída da cabeça de alguns e então apresentada. Todos foram chamados à discussão. Quem não participou foi porque não quis. Há muito mais para escrever sobre o assunto mas vamos deixar que a comunidade acadêmica primeiro se familiarize com estas discussões e possa opinar, dando algum embasamento aos nossos representantes no Conselho Universitário para que votem na proposta com critérios mais aceita pela comunidade, sem pressas, mas menos injusta possível. Afinal, pela importância que tem, afetará a vida de todos nós por muito tempo.
Finalizando:
1- Tenho convicção que os titulares atuais na UFSC e os futuros titulares da carreira (na UFSC) NÃO DEVEM TER MUITA DIFERENÇA nas atividades que fazem, e acho que todos concordam comigo. Assim, como sugestão, os atuais titulares poderiam fazer a mesma avaliação para progressão funcional que fazem os professores associados (ter que atingir 36 pontos para progredir) para ver quantos pontos são obtidos (os titulares não precisam se identificar e estão apenas colaborando) e então seria feita uma média dos pontos obtidos entre eles. Assim ESTARIA GARANTIDO QUE NA UFSC, TODOS OS JÁ TITULARES E OS NOVOS TITULARES DA CARREIRA, ESTARIAM EM UM MESMO PATAMAR (NÍVEL). Neste critério, caso a média fique abaixo dos 36 pontos (algo difícil de se pensar para um titular) fica os mesmos pontos da avaliação do associado (36 ptos). Caso a média dos pontos seja, por exemplo, 60, 80 ou mais pontos, azar dos que querem progredir para titular tendo que atingir pontuação ainda maior que os 36 pontos atualmente em vigor para progressão nos níveis de associado.
2- Não devemos esquecer que muitos dos atuais Titulares e os que futuramente farão concursos para Titular Livre, NÃO FIZERAM CARREIRA, ISTO É, NÃO PROGREDIRAM AO LONGO DOS ANOS FAZENDO AVALIAÇÕES PERIÓDICAS COMO OS DEMAIS COLEGAS QUE ESTÃO NO QUE CHAMAMOS DE “CARREIRA”
3- Existe ainda o nível de titular na carreira do EBTT, (Ensino Básico, Técnico e Tecnológico) que inclui, na UFSC, o NDI (Núcleo de Desenvolvimento Infantil) e o Colégio de Aplicação. Ambos com características próprias, distintas, assim como há no nível superior, entre cada área do conhecimento.
4- O que não pode é alguns colegas fazerem propostas de progressão claramente com caráter impeditivo, isso não, até porque não há na UFSC colegas que sejam tão diferenciados profissionalmente assim dos demais.