Um livro que analisa a universidade que temos e aponta para a “Necessária” (Darcy Ribeiro), a que queremos. O academicismo, o eurocentrismo, o pós-modernismo, enfim, os modismos em geral, não apenas tornam as universidades inúteis para a grandeza de seus respectivos povos e países, como as transformam em cativas de um pensamento colonizado metropolitano, fazendo-as abdicar de seu papel na superação do subdesenvolvimento e na ruptura da dependência.
O livro trata da origem da universidaded+ das ditaduras de segurança nacional e de seu direcionamento nas pesquisasd+ do autoritarismo dos docentes ao impor aos estudantes as reformas curricularesd+ da miséria humana e pedagógica que toma conta dos departamentos, com uma competição desmedida entre seus pares e com grupos ditos de pesquisa que se protegem como ganguesd+ da duvidosa seleção de estudantes para o sistema de pós-graduaçãod+ da universidade internacionalizada que nada mais é que uma universidade colonizadad+ enfim, da universidade reprodutora dos interesses das classes dominantes. O livro traz ainda um texto sobre a comunicação pública, particularmente o processo vivido na UFSC durante a gestão da primeira reitora da história dessa instituição, que esterilizou e renunciou a uma Agecom produtora de notícias para a região.
Em tempos de céus sombrios e incertos, o livro quer ser um foguete que ilumina, mas que explode, também. No popular: enquanto houver bambu, vai flecha!
O lançamento do livro “Crítica à razão acadêmica – volume 2 – reflexão sobre a universidade contemporânea”, organizado pelos professores Nildo Ouriques e Waldir Rampinelli, acontece dia oito de agosto, às 19h, no Hall da Reitoria da UFSC.
Waldir Rampinelli
Professor do Departamento de História