Tendo-se estabelecido as questões definitórias de esquerda e direita, vamos a de Centro (como se auto define Ciro Gomes !?!, para as suas afro descendentes de estimação, sarcasmo explícito! ).
Vou tentar responder então, ao prezado colega Carlos Brisola Marcondes. A minha maneira não ortodoxa.
Sendo então, os Jacobinos à Esquerda e os Girondinos à Direita, na Revolução Francesa, também existia a: Planície ou Pântano (la plaine)
Em relação aos anteriores eram neutros. Em alguns momentos apoiavam os Girondinos noutros os Jacobinos. Porém, geralmente eram conservadores. Sentavam no centro do parlamento, com isso, ficaram conhecidos por partido de centro.
Vamos então ao nosso assunto. Um sujeito de centro, como eu, literalmente está se lixando tanto para os esquerdistas como os direitistas, melhor dizendo lulistas e bolsonaristas.
Apoio como Centro Radicalista, àqueles que têm autocrítica, conhecimento histórico, bom senso, independência partidária, retidão de conduta e amor pela humanidade. Qual candidato se enquadra? Não sei! Talvez a pet da Dona Marcela que caiu no Lago, eu disse a pet.
Vamos então à questão vetorial. Tenho notado, que uma ala ultra inteligente e hiper avançada da UFSC, especialista em gerar empregos, melhorar a qualidade de vida das pessoas, inclusive com vocação inata para tirar da condição de miserabilidade, centenas de moradores da Grande Florianópolis. E o que é mais bonito e, nos encheu de orgulho: foi digna até de uma estátua na Vila São Damião e outra na Favela do Siri.
O monumento que aquele sofrido povo, fez questão de erguer, em reconhecimento a essas bravas criaturas, com seus próprios recursos, tem um aspecto “sui generis”: uma figura maior, Simon Bolívar, afaga a cabeça de outra menor, Hugo Chávez. Que enorme quantidade de bronze para erigir tais obras. E foram duas, sem dúvida são os “Médicos Sem Fronteiras”, tupiniquins.
Em ambas a placa com a inscrição: “Aos bravos Bolivarianos da UFSC, o nosso eterno agradecimento”.
Nossa é emocionante.
Pois bem, quando existia o Muro de Berlim, a origem do vetor era qualquer lugar na Alemanha Oriental e, a extremidade, qualquer terreno desde que fosse em Berlim Ocidental. Houve fugas realmente originais e emocionantes, valia tudo para deixar o paraíso stalinista.
Da mesma forma, Cuba: origem do vetor na ilha, extremidade, Miami.
Agora vem a Venezuela, o lugar onde Hugo Chávez “conversava” com Bolívar e, não era em sessão espírita. Daí veio o Maduro, e o vetor ficou grandão: origem em qualquer lugar da Venezuela e, extremidade em qualquer lugar do planeta, desde que não fosse a Venezuela ( eu particularmente, evitaria a Bolívia, Coréia do Norte, Síria, Iraque, Afeganistão, Mianmar, Nigéria, Complexo da Maré no Rio de Janeiro e alguns outros).
Mas, o vetor em causa é o mexicano. O México está longe de ser um inferno, a maior cidade do mundo é Ciudad de Mexico, tem muitos problemas, mas também soluções. Então, aquilo ali é um disparate. Morrem como moscas, tentando cruzar a fronteira, mas querem sair de “Tequilla Land”, a qualquer custo! Os coiotes ganham fortunas, e os infelizes pagam e se arriscam. Tudo para ir tentar a vida na extremidade do vetor: a amaldiçoada terra do demônio, o inferno capitalista, a pátria dos desiguais, o eixo do mal etc. ( todas essas são definições bolivarianas e, aceitas como mantra pelos seus seguidores, a maioria muito bem de grana obrigado, mas mortalmente entediada, doença sem cura conhecida ).
Então, o Núcleo de Estudos Bolivarianos, também ensina matemática, só que de forma ERRADA, não fala de forma honesta, usa uma retórica de capa e espada, do século XVIII, e nunca diz porque a extremidade do vetor é sempre a mesma!
Seria isto desonesto? Na 2ª instância, acho que sim, mas ainda cabem embargos, recursos, logo…
Fernando da Cunha Wagner
Professor do Departamento de Física