CE: projeto permite que servidor matricule filhos na escola onde trabalha

Para Vanderlan Cardoso, medida ajuda servidores da educação básica a acompanhar desempenho dos filhos

A Comissão de Educação (CE) pode votar na terça-feira, dia 3, projeto que garante aos servidores da educação básica pública o direito de matricular seus filhos nas mesmas escolas onde trabalham. Também estão na pauta da CE projetos que tratam da ampliação das fontes de financiamento para a educação superior e da inclusão de temas como parentalidade nos currículos escolares. A reunião está marcada para as 10h.

O PL 2.529/2021, projeto de lei do ex-deputado federal Francisco Jr., garante a servidores da educação básica pública o direito de fazer a matrícula de seus dependentes no mesmo estabelecimento de ensino onde trabalham, se assim desejarem. A condição para isso é que nessa escola seja oferecida a etapa e o ano escolar adequado à trajetória do dependente.

O projeto tem voto favorável do relator, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Para ele, o projeto ajuda os servidores da educação a acompanharem o desempenho escolar dos filhos. Segundo Vanderlan Cardoso, o projeto também assegura o acesso à educação “por meio da redução das dificuldades logísticas que toda mãe e pai de aluno conhece quando tem de compatibilizar os horários escolares dos filhos com suas próprias jornadas de trabalho”.

Recursos

Outro projeto de lei na pauta da CE é o PL 3.817/2019, da senadora Leila Barros (PDT-DF). O texto determina, entre outras medidas, que as fundações de apoio às instituições científicas e tecnológicas e de ensino superior compartilhem parte do faturamento com essas instituições.

A proposta também autoriza a União a financiar instituições estaduais, distritais e municipais de ensino superior para aumentar a oferta de vagas e a qualidade de cursos e programas, e para criar novos estabelecimentos de ensino.

Essa última parte (que trata do financiamento por parte da União), havia sido retirada do texto pelo relator do projeto, senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), o que provocou o adiamento da votação na última terça-feira, dia 26, na ocasião, manifestando preocupação com a crise nas universidades estaduais e municipais, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) pediu vista da matéria.

Parentalidade

Também está na pauta da CE um projeto de lei que inclui o ensino sobre parentalidade responsável nos currículos escolares: o PL 786/2021, que tramita em conjunto com o PL 2.192/2022.

De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a proposta inclui parentalidade responsável, direitos humanos e combate à violência contra crianças, adolescentes e mulheres como temas transversais nos currículos escolares.

Isso significa que, caso o texto seja transformado em lei, esses assuntos serão abordados durante as aulas de disciplinas já existentes da educação básica (que abrange os ensinos infantil, fundamental e médio). A relatora da matéria é a senadora Leila Barros, que recomenda a aprovação do projeto com uma emenda.

Fonte: Agência Senado