Palavras. Será que foram ditas?

Quando da fundação da ONU, ficou estabelecido que dela fariam parte os países que tivessem declarado guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão ), até 08/05/1945 data do final da Grande Guerra na Europa. Nossa vizinha Argentina, a declarou apenas em 28/05/1945 (muito a contragosto do Gal. Péron). Pois bem, Winston Churchill, enfureceu-se e não queria admiti-la, de forma alguma, mas seguindo a política de Roosevelt, para as Américas, o presidente Truman liderou um lobby e, pronto:  los hermanos foram aceitos. Bem depois da guerra ganha e, com o ouro nazi fascista já, em boa parte depositado em bancos peronistas seguros!

Enquanto o Brasil, lutou contra os fascistas na Itália, com um contingente de 25.336 homens, a gloriosa FEB, capturando uma Divisão Panzer Completa, entre outros feitos de batalha. Teve diversos heróis, como o sgto. Max Wolf, o pracinha Prim Rodrigues Cannes, o suboficial Geraldo Santana e, muitos outros. Mais de 400 deixaram seus corpos, a maioria na neve, no cemitério italiano de Pistóia. Mas, se somarmos os abatidos por U boats, dá mais de 1200 baixas. É, um número irrisório se compararmos com as perdas e, as monstruosidades praticadas contra a heroica União Soviética ( sem contar que o camarada Stálin, também se excedeu e muito, principalmente na Polônia, desrespeitando enormemente a Convenção de Genebra). Os russos, que chamam o conflito de Grande Guerra Patriótica, perderam mais de 26 milhões de vidas. Mas, uma vida é uma vida, vá perguntar para qualquer mãe que tenha enterrado seu filho. Mais de mil mães brasileiras, na época, choraram os amados frutos de seus ventres. E o Brasil derramou sim, sangue contra Hitler e seus asseclas. Muita gente “já esqueceu”, ou acha irrelevante. Problema deles, são os míopes eternos, imbatíveis e compulsivos perdedores. Fazer o que? Não tem gente que é torcedor de carteirinha do Íbis, lá do Recife?

Um fanático petista incurável ( mas de quem eu gosto muito, ai Fernando, ai  de ti Fernando, tu tem amigo de tudo que é tipo, gênero e orientação sexual e, pior gosta deles e , os aceita de bom grado como são !), teve a audácia de dizer-me que o presidiário Lula da Silva, foi um político mais importante que o Grande Estadista Franklin Delano Roosevelt, quatro vezes eleito pelo voto , não obrigatório diga-se de passagem, como presidente dos EUA e que, venceu a Grande Depressão e, após a grande covardia de Pearl Harbour, mostrou quem era quem.

Aliás, o único cara que idolatra e venera Roosevelt, sou eu mesmo. E como idolatro. Acho ele, um milhão de vezes melhor que o Kennedy, cujo papi embaixador era pró Hitler. Também bate o Obama e qualquer outro. Na verdade, para mim, o Roosevelt era uma pessoa que só errou naqueles campos para os nipo americanos, mas foi muito pressionado. Era o único líder ocidental, por quem Stálin nutria respeito e, muita simpatia ( ficou bastante abatido quando em 12/04/1945 faleceu o presidente norte americano ) e, este por sua vez tinha muita paciência com o tirano e,  o ajudava mandando pilhas e pilhas de  caminhões Studebakers , Jeeps e rações K, entre muitas outras coisas para o seu exército vermelho.

Sabe o que eu disse para o meu amigo petista? Nada. Mas, pensei comigo mesmo: essa cara devia jogar futebol e depois, chupar as meias usadas.

Resumindo, meu caro prof. Rosendo: a Argentina e a Inglaterra nunca se deram tão bem, comparada com a intensidade que desfrutam Brasil e Reino Unido. Aliás, dê uma olhada na Armada Brasileira e, no ALFA 11 (Nave Capitânea), é bem moderna, Porta Helicópteros, e quase toda de origem britânica.

Assim, não é de estranhar que a Margaret Thatcher seguindo a política do  Churchill, tenha sido bem dura na questão das Ilhas (Falklands ou Malvinas, que se faça uma eleição entre seus habitantes e, eles que decidam. Afinal são os únicos interessados, não politicamente envolvidos no conflito, mas no cotidiano das Ilhas, o resto é papo de governo).

Por isso, naquele embate o Brasil ficou “neutro”: permitiu o abastecimento de 5(CINCO) bombardeiros Volcan, não foi apenas 1 (um) não! Na Base Aérea de Santa Cruz – RJ e, cedeu com tripulação e tudo, 6 aviões de patrulha P38 para auxiliar a Argentina. Era uma ditadura ajudando a outra, mas não deixando de ser pragmática.

Mas, em se tratando de capitães, eis uma coisa que a Argentina, não tem nada de exemplar: o famoso capitão Astiz, o “diabo loiro”, matador e torturador de freiras dinamarquesas, em Buenos Aires, quando viu um macho pela frente, se entregou com toda a sua tripulação, em menos de 15 (quinze) minutos, a um tenente de uma fragata inglesa. Foi a rendição mais rápida de todas as guerras navais da história.

Portanto, não há créditos para criticar os capitães brasileiros, vindo dos nossos amigos portenhos. Só os brasileiros podem faze-lo: a vontade. E, a propósito, exemplos não faltam: Lamarca, Freddie Perdigão Pereira, Homero, etc.

A propósito, criticam muito (e com razão), o Brasil na Guerra do Paraguai, mas um tirano que usou e, muito bem, o Brasil foi Sarmiento e, era o comandante argentino. Também o único que tinha ódio figadal de Solano Lopez. Mas, isso fica para outra opinião, quando abordarei o palpitante tema: Ações Afirmativas na Universidade de Buenos Aires e: Os Fantásticos Negros do Futebol Argentino. Ou não. Acabo de me lembrar, que sou de origem portenha: minha bisavó era dos Cancelo, de Alvear fronteira com Itaquí e, eu gostava muito dela. E, na verdade, não tenho NADA contra sul americano nenhum, só gosto de polemizar. Só isso. Desde pequenino.

SHALON para todos.

 


Fernando da Cunha Wagner 

Professor aposentado