FILIAÇÃO NACIONAL EM DEBATE: Uma leitura dos resultados

Os resultados da consulta realizada por nossa entidade sindical, APUFSC, entre 24 e 26 de abril sobre Filiação Nacional que constou de duas etapas, nos revela um quadro interessante, configurando um cenário de grandes desafios e de ampla mobilização da nossa categoria para definir a que entidade nacional se filiar.

Dos 2.751 filiados, participaram 751 da votação, ou seja 27,60% de participação. O que é um valor que legitima o processo, face ao histórico de participação dos docentes.

Um quadro simples, que elaborei para a compreensão dos resultados, mostra a necessidade de realizar uma leitura crítica e criteriosa, do ponto de vista político:

 

1ª etapa:      
Relação política independente c/entidade nacional c/Branco s/Branco
ou 530 70,6% 71,7%
Filiar-se a uma das entidades nacionais      
Continuar como está atualmente 209 27,8% 28,3%
Branco 12 1,6%  
TOTAL 751 100,0% 100,0%
       
2ª etapa:      
Relação política sem vinculo formal 344 45,8% 48,9%
Filiar-se a uma das entidades nacionais 359 47,8% 51,1%
Branco 48 6,4%  
  751 100,0% 100,0%

 

Assim, depreende-se dos resultados que, na 1ª etapa pode-se afirmar que mais de 70$ dos docentes teriam uma propensão em definir uma relação política de nossa entidade APUFSC-Sindical com uma das entidades nacionais (Andes-SN ou Proifes-Federação), face a atual conjuntura adversa às universidades e à categoria docente que sofre ataques diários sobre sua eficiência e contribuição no ensino superior, na pesquisa científica e na extensão à sociedade.

 

O resultado da 2ª etapa precisa de uma leitura criteriosa para, diante da polarização, buscar uma nova narrativa para que, todos os docentes filiados:

  1. Tenham informações precisas do que significa a filiação nacional a uma das duas entidades: ANDES-SN ou PROIFES-Federação?
  2. Tenham  consciência do que cada uma das entidades defende como princípios básicos no que diz respeito aos interesses da categoria dos docentes.
  3. O que deve considerar-se como premissas básicas para a decisão quanto à forma de participação de nossa entidade no plano nacional, considerando a entidade jurídica (com carta sindical que garante nossa autonomia e independência), bem como a contribuição financeira mensal.

Uma avaliação, muito pessoal e decorrente dos resultados, é que “os nossos colegas, em sua maioria silenciosa, não querem questionar sobre nada, preferindo as respostas com soluções práticas”.

Mas, por outro lado, os participantes efetivos, seja de qualquer campo ideológico for, aceitam os desafios a enfrentar diante das questões cruciais e que: a) precisa de maiores informações para uma tomada de decisão consciented+ b)devemos ampliar a mobilização do grande número de inativos (aposentados), de expressivo número de docentes ativos com mais de 15 anos de tempo de serviço e do número significativo de jovens que ingressaram na academia nos últimos 15 anos e dos quais precisamos da adesão efetiva ao movimento sindical para a defesa dos interesses da categoria e da instituição pública e de qualidade.

A conjuntura atual está a exigir que nossa entidade APUFSC-Sindical se engaje na luta pelos interesses da categoria no plano federal, para o qual devemos aguardar a reunião do Conselho de Representantes da convocação de Assembleia Geral Extraordinária seguido de votação e decidir por qual das entidades nacionais (ANDES-SN ou PROIFES-Federação) devemos nos filiar e participar ativamente do movimento nacional.

Professor do Deptº de Informática e Estatística INE/CTC