Prof. Eduardo Meditsch, diretor de imprensa da APUFSC, parece ter criado uma nova regra para publicação de artigos de opinião de associados que proíbe a veiculação de textos de opinião que não sejam de autoria do próprio associado. Baseando-se nessa nova regra, prof. Eduardo Meditsch não somente proibiu a publicação de um texto que eu submeti de autoria de Alan Ghani e entitulado “É contra a reforma da previdência? Então toma aqui uma aula grátis de economia”, como também retirou da página da APUFSC um outro texto que já tinha sido publicado entitulado “Aumento no déficit da Previdência compromete orçamento e investimentos federais”, este último publicado em uma página do Governo Federal.
Ora, vemos aqui que o prof. Eduardo Meditsch não apenas criou uma nova regra com o intuito de não permitir que o artigo do Alan Ghani fosse publicado, como também aplicou tal regra retroativamente para retirar um outro texto que já tinha sido publicado. Contudo, há outros textos de opinião no Boletim da APUFSC que foram submetidos por associados, mas que são de autoria de terceiros, e em relação aos quais o prof. Eduardo Meditsch não aplicou retroativamente a sua regra, por exemplo, o artigo submetido pelo prof. Nilton Branco “A opção entre civilização e barbárie” de autoria de Chico Paiva Avelino (*).
Resumindo: Estamos diante de uma situação inusitada. O prof. Eduardo Meditsch cria uma regra para justificar a proibição de um texto que eu havia submetido, retroage e aplica a regra para retirar um outro texto que já estava publicado na página da APUFSC, mas, estranhamente, viola a sua regra mantendo um outro artigo que não é de autoria do associado que o submeteu (o texto do prof. Nilton Branco).
Qual então a razão da diferente aplicação da regra pelo prof. Eduardo Meditsch ? Seriam os gostos pessoais do prof. Medistch que não aprecia textos defendendo a reforma da previdência?, pois era exatamente este o tema tratado pelos artigos que foram retirados da página do Boletim pelo prof. Meditsch. A menos que o prof. Meditsch retroaja retirando todos os outros textos de opinião que não sejam de autoria do próprio associado, temos que a aplicação seletiva da regra de acordo com gostos pessoais não configuraria a censura de opinião?
Não havendo outra razão, então é vergonhoso e lamentável que isso aconteça num sindicato de professores. Neste caso, pela dificuldade que parece ter em lidar com a pluralidade de opinião dos associados, seria um ato nobre do prof. Eduardo Meditsch que cedesse seu cargo de Diretor de Imprensa a alguém mais flexível com opiniões contrárias.
Notas
Professor do Departamento de Matemática