Número de redações nota 1 mil no Enem bate recorde puxado por mulheres

Análise do Globo mostra que o número de alunos que atingiram a marca voltou a crescer no ano passado

Ana Luiza Teodoro, de 19 anos, sempre soube que a redação era seu forte e poderia fazer a diferença na hora de conseguir uma vaga na universidade pelo Enem. Citando no texto escritoras que admira, como a brasileira Clarice Lispector e a francesa Simone de Beauvoir, a jovem atingiu a nota mil, a mais alta. Um resultado difícil de se obter, mas o pequeno grupo que consegue conquistá-lo está se expandindo. E na sua maioria, ele é feminino. Mulheres jovens como Ana Luiza são as que mais conseguem atingir a marca, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova a ser realizada nos próximos dois domingos.

“Segui tudo que a escola orientou. Mas ao longo da vida estudei muita coisa por interesse próprio, o que me ajudou na hora dos repertórios e argumentos”, lembra a jovem carioca, que cursa Direito na UFRJ.

Uma análise do Globo nos microdados do Inep mostra que o número de alunos que atingiram a nota máxima da redação do Enem voltou a crescer em 2023 e chegou ao seu maior patamar desde 2017, quando a correção passou a adotar o atual padrão. No ano passado, 60 pessoas fizeram o texto considerado perfeito para a prova — o que significa um a cada 47 mil corrigidos. Em 2021, bem em meio à pandemia, foram apenas 22. Ou um a cada 108 mil.

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