Professor precisou ensinar habilidades emocionais sem tê-las, diz psicopedagoga

Especialista afirma que saúde mental é questão coletiva e que visão de “terra arrasada” na educação afeta autoimagem de profissionais

A preocupação com a saúde mental está no centro das discussões sobre educação. As consequências da pandemia, com o fechamento das escolas, e os casos de violência envolvendo estudantes soaram o alarme para a necessidade de cuidar melhor das questões emocionais dos alunos. O que já vinha sendo apontado em pesquisas científicas como importante para a aprendizagem virou imperativo — e mais um desafio para professores sobrecarregados, mal pagos e sem tempo para si. Para a psicopedagoga Alcione Marques, 57, o professor foi confrontado a desenvolver habilidades socioemocionais nos alunos “sem que ele mesmo as tenha”.

Diretora da NeuroConecte, onde desenvolve e coordena formações com equipes multidisciplinares para a educação socioemocional e saúde mental nas escolas, reflete em entrevista à Folha sobre o que mudou na sociedade nos últimos anos, quais desafios se impuseram sobre os professores e como eles podem encontrar estratégias para se sentirem menos pressionados e mais envolvidos no dia a dia na escola.

Leia na íntegra: Folha