Com participação do presidente da Apufsc-Sindical, ato em defesa do serviço público é realizado em Brasília

O presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, participou do evento, acompanhado do diretor de Assuntos Jurídicos do Proifes-Federação, Oswaldo Negrão

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público promoveu nesta terça-feira, dia 15, um ato em Brasília que reuniu diversas entidades sindicais em defesa do serviço público e contra a reforma administrativa. O presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, participou do evento, acompanhado do diretor de Assuntos Jurídicos do Proifes-Federação, Oswaldo Negrão, e da segunda secretária, Adnilra Sandeski.

Oswaldo Negrão, diretor do Proifes, e José Guadalupe Fletes, presidente da Apufsc (Foto: Proifes/Divulgação)

O ato repudiou a Portaria nº 5.127, publicada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que estabelece diretrizes para a reestruturação de planos, carreiras e cargos do funcionalismo público federal, sem diálogo prévio com os representantes dos servidores. O evento ocorreu no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e foi seguido por uma marcha até o Ministério da Gestão e Inovação, em protesto contra a portaria.

Em seu discurso, Oswaldo Negrão ressaltou os impactos negativos que a portaria e a reforma administrativa podem causar aos servidores e à qualidade dos serviços prestados à população.

“A situação é complicada e tende a se agravar, considerando a péssima qualidade que nós temos dentro do parlamento. A grande mídia hegemônica também é contrária aos servidores públicos. Mas nós precisamos qualificar esse debate”, alertou Negrão.

Ele enfatizou que, ao contrário do discurso comum de “inchaço” do serviço público, o Brasil, na realidade, tem um dos menores números de servidores públicos em comparação com outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Negrão também chamou atenção para as condições de trabalho enfrentadas pelos servidores, mencionando casos recorrentes de assédio moral e adoecimento no ambiente de trabalho.

“O adoecimento dos servidores, o assédio e as ações violentas contra eles estão sendo tratadas com naturalidade, e isso não pode ser considerado normal dentro de um estado democrático de direito”, afirmou.

O diretor do Proifes destacou ainda a importância dos servidores públicos para o país, especialmente nas áreas de educação, saúde e seguridade social. “Os servidores públicos da educação, da saúde e todo o aparato estatal são a materialidade do funcionalismo público brasileiro. Nós somos a representação no dia a dia das pessoas que demandam por serviços na justiça, na saúde, na educação, na seguridade social e em todos os outros desdobramentos. Por isso, nós merecemos respeito, dignidade, salários dignos”, completou Negrão, reforçando a necessidade de resistência frente à reforma administrativa.

Fonte: Proifes