Brasileiros enfrentam dificuldades no processo de disseminar achados de suas pesquisas em grandes editoras científicas

Periódicos não costumam pagar os cientistas produtores do conteúdo

Cientistas devem divulgar os achados de suas pesquisas, para que possam ser aplicados em benefício da sociedade, e para que outros cientistas possam revisá-los e confirmá-los, elaborar novas ideias e fazer novas descobertas com base nas anteriores. Revistas contendo coleções de trabalhos científicos existem desde 1665, quando foi fundada a Philosophical Transactions da Royal Society britânica – que, incrivelmente, continua ativa. Hoje, estima-se que há em torno de 100 mil periódicos científicos, que publicam mais de 3 milhões de artigos novos por ano. Número que vem crescendo ano a ano, levando muitos cientistas a afirmar que é hora de publicar menos e com mais qualidade, evitando desgastar o importante sistema de revisão e avaliação por pares.

Outro problema é o custo das publicações. Criados com o intuito de disseminar a ciência, os periódicos não costumam pagar os cientistas produtores do conteúdo, nem aos revisores especialistas que avaliam sua qualidade. Mas organizar e disponibilizar publicações científicas envolve despesas, custo que historicamente era repassado aos leitores, na forma da compra da revista impressa, seja por indivíduos ou, com o tempo, por bibliotecas e instituições.

O cenário mudou com a ascensão da internet. Em lugar de revistas em papel, a literatura científica passou a ser principalmente online, mas ainda com acesso individual ou institucional. No caso do Brasil, grande parte destas assinaturas são coordenadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Muitas revistas se tornaram tão importantes e mundialmente requisitadas que suas assinaturas viraram uma significativa fonte de renda para as sociedades científicas que as editam.

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