Governo de SC foi acusado de censurar obra sobre sexualidade de pessoas com deficiência, segundo o Portal Catarinas
O filme “Assexybilidade”, que seria exibido durante a 1ª Mostra de Artes Inclusiva, foi excluído da programação. Segundo o diretor do longa-metragem, o cineasta Daniel Gonçalves, o governo de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), exigiu que ele fosse substituído sob risco de cancelar a Mostra, realizada na última sexta-feira, dia 23, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.
“Assexybilidade” traz histórias de 15 pessoas com deficiência sobre sexualidade e a pluralidade de experiências de cada uma delas. Premiado no Festival do Rio em 2023, será lançado em circuito comercial no Brasil no dia 19 de setembro.
O cineasta aceitou substituir o “Assexybilidade” pelo também seu “Meu nome é Daniel” para evitar a suspensão da Mostra. Lançado em 2018, “Meu nome é Daniel” foi o primeiro longa-metragem dirigido por uma pessoa com deficiência a entrar no circuito comercial no Brasil.
Para contornar a censura, ele organizou, junto com integrantes do Núcleo de Estudos da Deficiência da Universidade Federal de Santa Catarina (NED/UFSC) e do Laboratório de Educação Inclusiva da Universidade Estadual de Santa Catarina (Ledi/Udesc), uma exibição do “Assexybilidade” em sessão especial, no sábado, dia 24, um dia depois da Mostra, no auditório do Bloco B do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC (CFH/UFSC).
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