Ciências humanas são essenciais para o desenho de políticas públicas, defendem especialistas

Em mesa-redonda durante a 5ª CNCTI, especialistas afirmaram que problemas do mundo devem ser observados sob a vertente social

É somente com a contribuição das Ciências Humanas e das Humanidades que os problemas sociais do mundo conseguem ser dimensionados e, só assim, será possível elaborar soluções. Este é o diagnóstico central de uma das mesas-redondas realizadas durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI).

Realizada na última sexta-feira, dia 1°, a atividade contou com a mediação do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, e com a presença da diretora da entidade, Fernanda Sobral, e do professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Wilson Gomes. “Esta é uma das poucas mesas sobre Ciências Humanas na 5ª CNCTI”, apontou Janine Ribeiro.

Iniciando as falas, a diretora da SBPC, Fernanda Sobral, afirmou que as Ciências Humanas e Humanidades são essenciais no olhar aos três maiores problemas globais: as desigualdades sociais, as mudanças climáticas e as questões de saúde. A socióloga e professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) também apontou que: “ao mesmo tempo em que temos grandes problemas sociais no Brasil, temos também duas grandes riquezas: a nossa biodiversidade e a nossa sociodiversidade, essa última cuja análise cabe às ciências humanas.”

Sobral defendeu que a próxima Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será desenvolvida conforme os debates da 5ª CNCTI, precisa incentivar pesquisas multidisciplinares, além de estimular redes de colaboração de estudos que envolvam pesquisadores, desde aqueles em início de carreira, em iniciação científica, até pesquisadores sêniores. “É só com a multidisciplinaridade que conseguiremos olhar o problema em seu todo. Precisamos da diversidade de áreas e de atores”, complementou.

Leia na íntegra: Jornal da Ciência