Seis médicos intensivistas, cinco fisioterapeutas e um enfermeiro intensivista incorporam a equipe
Um grupo de 12 profissionais deve começar a trabalhar no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) nesta quinta-feira, 16 de abril, convocados após processo seletivo emergencial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para atuar nas áreas médica e assistencial no enfrentamento à Covid-19. São seis médicos intensivistas, cinco fisioterapeutas e um enfermeiro intensivista.
Nesta quarta-feira, os aprovados foram convocados para entregar a documentação e, com tudo certo dentro dos trâmites legais, já realizam os exames admissionais e a jornada de trabalho na quinta, sendo que a expectativa é grande para contribuir na batalha contra o coronavírus.
É o caso do enfermeiro intensivista Saulo Fábio Ramos, que foi um dos primeiros a chegar para entregar a documentação. Ele, que já atua na área assistencial em Florianópolis, acredita que, com o reforço no HU, aumenta a capacidade de organização para enfrentar a Covid-19. “Vi no processo uma oportunidade de trabalho e de ajudar nesta batalha. Acredito que com organização e este reforço teremos condições de enfrentar o que vem pela frente”, afirmou.
Quem também espera contribuir é a fisioterapeuta Michele Gonçalves de Souza Tavares, que atua na área de fisioterapia respiratória. “Posso contribuir justamente neste momento, ajudando aqueles pacientes que precisam de ventilação mecânica”, explicou Michele, que é professora universitária e já acompanhou estagiários nos hospitais de Florianópolis.
Eles fazem parte de um grupo de 840 profissionais que foram aprovados no processo seletivo emergencial da Ebserh para reforçar as equipes médicas e assistenciais de 28 hospitais da rede. A seleção para cadastro de reserva contou com 225.215 inscrições, das quais poderão ser convocados aproximadamente 6 mil profissionais para atuarem temporariamente no enfrentamento da Covid-19, Mesmo com a alta procura, alguns cargos registraram número insuficiente para alguns hospitais.
Novas convocações dependem da evolução do quadro local
Segundo o diretor de Gestão de Pessoas, Rodrigo Barbosa, as primeiras convocações ocorreram em regime de urgência, como configura o próprio processo seletivo. “Essa seleção foi instituída para agilizar as contratações de acordo com a necessidade imediata de cada unidade hospitalar para o atendimento direto à pandemia. As demais convocações dependerão do acompanhamento da evolução do quadro local”, afirmou Barbosa.
Foram autorizadas aproximadamente 900 vagas para médicos (nas especialidades de Medicina de Emergência, Anestesiologia, Clínica Médica e Medicina Intensiva), 1,4 mil enfermeiros (incluindo as especialidades de Terapia Intensiva e de Urgência e Emergência), 3 mil técnicos em enfermagem, 500 fisioterapeutas e 100 vagas para engenheiros (clínico e mecânico) e arquitetos, necessários para promover as mudanças estruturais exigidas para a acomodação de pacientes infectados pelo Covid-19.
Por serem cadastro reserva, as convocações ocorrerão de acordo com a necessidade de cada hospital universitário federal vinculado à estatal. O processo seletivo também não impactará os concursos públicos em andamento, que continuam seguindo seus trâmites normais.
Os interessados podem acessar as convocações no Portal da Rede Ebserh ou no Diário Oficial da União para saber quais especialidades, hospitais e aprovados constam nos editais.
Atuação da Rede Ebserh
Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhando em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos Centros de Operações de Emergência (COE) desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares. Também tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento da Covid-19, enquanto em outras atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Agecom UFSC