Censo: quilombolas têm taxa de analfabetismo quase três vezes maior do que a média nacional

Na população brasileira, 7% não sabem ler e escrever. Entre os quilombolas, essa taxa é de 18,9%, destaca O Globo

Novos dados do Censo 2022 mostram que a taxa de analfabetismo entre quilombolas é mais do que o dobro em relação à média da população brasileira. Os números foram divulgados nesta sexta-feira, dia 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento considera alfabetizado a pessoa que declara ler e escrever um bilhete simples ou que sabe entende braile. Na população brasileira, 7% não têm nenhuma dessas habilidades. Entre os quilombolas, essa taxa é de 18,9%. O cenário fica pior entre a população que vive nos territórios quilombolas oficialmente delimitados e chega a 19,75%.

Essa diferença tem proporção similar considerando todas as faixas etárias. A desigualdade se mantém mesmo entre os mais jovens, população em que as taxas de analfabetismo caem. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa da população brasileira que não sabe ler e escrever é de 1,59% e de quilombolas é de 3,18%. Já entre 18 e 19 anos, é de 1,46% e 2,91%, respectivamente. A partir daí, a diferença só aumenta até chegar ao ápice entre idosos acima de 65 anos, em que as taxas são de 20% e 53%.

Leia na íntegra: O Globo