Novo Ensino Médio: especialistas defendem maior tempo de disciplinas tradicionais, mas divergem sobre ensino técnico

Texto foi aprovado na terça-feira pela Câmara dos Deputados e seguiu para sanção do presidente Lula

A reforma do Novo Ensino Médio, aprovada na terça-feira, dia 9, pela Câmara dos Deputados e que agora vai para sanção presidencial, dividiu especialistas em educação a respeito de sua efetividade. O aumento da carga horária das disciplinas tradicionais no ensino regular é o consenso entre os diferentes grupos. No entanto, pesquisadores ainda apontam desvantagens para quem fará cursos técnicos.

O modelo criado no governo de Michel Temer e implementado em 2021 previa um teto de 1,8 mil horas de aulas de disciplinas tradicionais, a formação geral básica. Esse valor subiu para pelo menos 2,4 mil nos cursos regulares e 2,1 mil para quem faz cursos técnicos.

Outro avanço foi a criação de diretrizes nacionais para a parte do currículo que cada aluno pode escolher, os itinerários formativos. Isso porque o Conselho Nacional de Educação criará uma espécie de base nacional que deverá ser homologada pelo Ministério da Educação. A expectativa é que o procedimento impeça que disciplinas como “Brigadeiro Gourmet”, como se viu no antigo modelo, voltem a ser criadas.

“O novo texto atende a pontos que todos achávamos que não estavam tão bons. Mas tem o esforço da implementação para ver se vai continuar tendo dificuldades. Não dá para dizer que resolveu 100%” afirma Vitor de Angelo, secretário de Educação do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação.

Leia na íntegra: O Globo