*Por Nestor Roqueiro
“Como não há aceno de reajuste linear para todos os servidores, o vice-presidente da Apufsc apresentou as duas estratégias de negociação adotadas pelo Proifes-Federação. A primeira é exigir que o governo pague aos professores universitários, em início de carreira — 40h/aula —, pelo menos o piso dos professores do magistério. Isso significaria um acréscimo de 8% no pagamento atual. A segunda diz respeito à reestruturação da carreira docente, com uma proposta já apresentada ao Ministério da Educação (MEC).“
O cerne da proposta é deixar de participar da reivindicação salarial do grande grupo de servidores públicos federais para reivindicar uma distorção da atual malha salarial, e para piorar ainda mais a situação, fazer isto com um grupo menor (professores universitários) com pouco ou nenhum poder de barganha e sem capacidade de mobilização da categoria. É brilhante! É um estouro!… É uma bomba.
Outra. Pensam que o dinheiro para a proposta entre aspas vai sair de um lugar diferente do que aquele necessário para o aumento linear? Ou estão pensando em abocanhar uma fatia maior do suposto aumento de arrecadação de impostos em detrimento das outras categorias de funcionários públicos? Qual é a conta? A que dinheiro está apontada a proposta? Quem fica no caminho?
Com os novos presidentes da CCJ e da Comissão de educação da câmara ou mobilizamos a base ou, seguindo com as brincadeiras de cúpula, seremos grama de gado.
*Nestor Roqueiro é professor do DAS/CTC