Coletivo Memória, Verdade e Justiça e mais de 60 entidades organizam ato público para o dia 1° de abril em Florianópolis

Na data completam-se os 60 anos do golpe militar

Uma reunião foi realizada na noite desta quarta-feira, dia 7, em Florianópolis, entre Memória, Verdade e Justiça – Coletivo Derlei de Lucca e representantes de outras 64 entidades do movimento popular, sindical e estudantil, além de partidos políticos, para organizar o ato público que será realizado em 1º de abril, quando completam-se 60 anos do golpe militar. A atividade em Florianópolis terá como mote “Em defesa da democracia, das reivindicações e punição aos golpistas! Pelo fim da tutela militar!”.

A Apufsc-Sindical participa da organização do ato. Na reunião, o sindicato foi representado pelo presidente José Guadalupe Fletes e pela secretária-geral Viviane Heberle, também responsável pelo Grupo de Trabalho (GT) de Direitos Humanos da Apufsc.

Reunião ocorreu na sede do Sintespe, em Florianópolis (Foto: Apufsc-Sindical)

No encontro, ficou definido que a concentração para o ato de 1° de abril será às 16h, em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis. Haverá atividades artísticas e culturais e, a partir das 18h30, uma caminhada será realizada. O trajeto ainda será definido.

Novembrada e Operação Barriga Verde

Outras atividades devem ser realizadas pelas entidades envolvidas. Em 2024 também ocorre o 45º aniversário da Novembrada, manifestação popular contra a ditadura realizada em Florianópolis. Estiveram presentes na reunião desta quarta Rosângela Koerich, Marize Lippel e Geraldo Barbosa, que em 1979 eram estudantes e foram presos durante a Novembrada, respondendo processo com base na Lei de Segurança Nacional. No ano que vem, ocorre o 50º aniversário da Operação Barriga Verde, principal intervenção militar em Santa Catarina durante a ditadura, que também deve ser lembrada pelos organizadores do ato.

Programação do Movimento Humaniza SC

O Movimento Humaniza SC, do qual a Apufsc-Sindical faz parte e é uma das entidades fundadoras, esteve presente na reunião e também tem programação relacionada aos 60 anos do golpe militar. Uma das atividades será a exibição do documentário “O dia que durou 21 anos”, seguido de debates nos núcleos regionais do Humaniza em Florianópolis, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Lages e Joinville, entre os dias 15 de março e e 15 de abril.

Ainda no mês de março, ocorrerá a solenidade de entrega do Prêmio Humaniza SC, com a presença de personalidades vinculadas à luta dos mortos e desaparecidos na ditadura.

Além disso, o movimento planeja trabalho em parceria com entidades sindicais resgatando fotos, vídeos e reportagens de trabalhadores vítimas da ditadura em SC. A ideia é transformar em uma exposição itinerante pelo Estado.

Outra meta é resgatar a rota dos pontos vinculados à ditadura em Florianópolis e o monumento abandonado em homenagem ao deputado Paulo Stuart Wright, vítima do governo militar.

Imprensa Apufsc