Estoque de materiais já acabou; para doar entre em contato pelo email [email protected]
Em parceria com o IFSC, a sede da UFSC em Araranguá trabalha na produção de máscaras de proteção facial para os profissionais da saúde que estão na linha de frente da pandemia de coronavírus. Essenciais para evitar que enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos sejam contaminados, essas máscaras são caras e escassas no mercado – e a demanda é crescente em todo o país.
Nesta segunda-feira (30), será entregue ao Comitê de Enfrentamento e Combate à Epidemia do COVID-19 de Araranguá o último lote de máscaras disponível, pois acabou o estoque de lâminas para fabricação dos equipamentos de proteção. Para continuar a produzir as máscaras, a equipe precisa com urgência da doação de lâminas de acetato cristal 050 para as viseiras, preferencialmente no tamanho 120 x 60 cm (mas pode ser menor, no mínimo tamanho A4). Ainda nesta semana, também vai precisar de filamento PLA 1.75 mm para as impressoras 3D. O contato para doação pode ser feito pelo e-mail: [email protected]. As doações podem ser individuais ou em grupo e também por empresas.
Segundo a professora do Departamento de Computação, Luciana Bolan Frigo, por enquanto, a equipe recebeu insumos para a confecção de 80 máscaras. Na última terça-feira (24), o grupo conseguiu entregar 17 peças ao Comitê de Enfrentamento e Combate a Epidemia em Araranguá, o qual fez o repasse à Secretaria Municipal de Saúde, responsável por destinar os equipamentos às Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e Hospitais da região. Até o momento, dez profissionais fazem uso das máscaras doadas, eficientes na prevenção do contágio porque protegem completamente o rosto. A intenção é ampliar esse número e, para isso, a equipe conta com as doações.
As máscaras são feitas em impressoras digitais 3D e cada unidade leva no mínimo 1h30min para ficar pronta. “No momento atual, temos uma equipe nos plantões. Essas equipes irão mudando com o decorrer do tempo, gerando necessidade de novas máscaras. Um outro ponto é que o material vai deteriorando com o uso e procedimentos de higienização, tendo que ser substituídas logo”, ressalta Flávia Guerra que integra o Comitê de Enfrentamento.
Em Florianópolis, O Laboratório de Prototipagem e Novas Tecnologias Orientadas ao 3D (PRONTO-3D) também trabalha na elaboração de protetores faciais. Luciana Bolan Frigo esclarece que as ações são independentes, ou seja, as doações feitas na capital não são revertidas à equipe em Araranguá. O contato entre as sedes é apenas para a troca de informações e compartilhamento de conhecimentos, como, por exemplo, o modo de uso das impressoras.
Barreira Sanitária Itinerante
Outra iniciativa do campus Araranguá da UFSC é a ação Barreira Sanitária Itinerante criada através do Grupo de Trabalho (GT) frente à pandemia com a participação de voluntários, entre técnicos administrativos em educação e professores, em conjunto com a Defesa Civil Municipal e o Departamento do Município de Araranguá. O objetivo da Barreira é abordar os carros que entram na cidade e seguir orientando individualmente a população sobre as medidas de prevenção ao coronavírus, reforçando a importância do isolamento social. Além disso, a equipe questiona as pessoas sobre sintomas respiratórios e ocorrência de febre e, se houver necessidade, as encaminha ao centro de Triagem, instalado no Santuário Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Esse trabalho começou no último sábado (21), e desde então, já orientou cerca de 2.500 pessoas. No primeiro dia, 400 veículos e 450 pessoas foram paradas durante as três horas de atuação. Na segunda-feira (24), 812 veículos e 933 pessoas foram questionadas e aconselhadas. O professor do curso de Medicina e Fisioterapia e voluntário Roger Ceccon avalia que uma das funções do grupo é divulgar informações confiáveis sobre a pandemia. “É uma ação que vem ao encontro da responsabilidade social da universidade diante dessa situação de crise humanitária”, complementa.
Imprensa Apufsc