Orgulho por pertencer, muitos desafios e lutas a desenvolver e conquistar
Nesta segunda-feira, dia 18 de dezembro, a Universidade Federal de Santa Catarina está oficialmente de aniversário. Sempre essa data é uma época de valorizar, comemorar a história e de se orgulhar pelo legado construído pelo conjunto da sociedade catarinense e pela comunidade universitária na construção de uma das mais importantes universidades do país, a nossa UFSC. Desde sua fundação, a UFSC teve um impacto importante na comunidade catarinense, tanto na área de ensino, como na pesquisa, na inovação, na cultura, e com um importante e relevante trabalho com projetos de extensão junto ao povo barriga-verde.
A partir de 2009, com o incentivo dado pelo programa Reuni, do governo federal, de apoio para reestruturação e expansão das universidades federais brasileiras, a UFSC ampliou sua atuação, deixando de ser uma universidade apenas da capital e se interiorizou, com campi em Araranguá, Curitibanos, Joinville e Blumenau. Além disso, foi tutora da fundação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) com Reitoria instalada em Chapecó.
Poderíamos ficar aqui enaltecendo a importância da UFSC e das universidades públicas para o desenvolvimento e inovação, no apoio a criação de políticas públicas e na influência na gestão e até da luta pela cidadania, democracia e soberania nacional.
Mas a grosso modo, podemos demonstrar a nossa preocupação, principalmente na última década, com governos de políticas ultra liberais e privatistas que têm sucateado a educação e as universidades públicas.
Dentro deste contexto, a UFSC tem sofrido um processo de impacto acelerado de degradação nas condições de trabalho, pesquisa e extensão. Sua estrutura física, laboratórios, hospital universitário, em todos os campi, estão degradados. A Apufsc-Sindical tem alertado sobre essa situação e lutado junto aos órgãos gestores da universidade para um grande mutirão de mudança dessa situação.
Poderíamos destacar aqui muitas questões estratégicas de urgente importância conjuntural e emergencial para a vida e sobrevivência da UFSC. Vamos destacar apenas três pontos que desafiamos a Reitoria e os gestores da UFSC a combater, dialogando com todos os setores da comunidade universitária.
1) O combate à evasão escolar. É evidente o aumento da evasão escolar na UFSC e em outras universidades públicas na pós-pandemia. No nosso caso, a Reitoria divulgou que está fazendo um estudo para mostrar a evasão. Esperamos que esse diagnóstico seja apresentado e debatido seriamente com toda a comunidade em busca de soluções e melhorias das condições para os estudantes e de manutenção deles na UFSC.
2) Em segundo lugar, a melhoria das condições de trabalho que já citamos, principalmente da infraestrutura, para termos condições adequadas de ensino, pesquisa e extensão. A manutenção das salas de aula e equipamentos para todos, aparelhos de ar-condicionado, projetores, internet, ambientes virtuais de aprendizagem funcionando são necessidades básicas para a educação na atualidade.
3) E por último, e não menos importante, a luta por condições dignas de salário dos servidores públicos das universidades federais para exercermos nossas funções.
Conclamamos a Reitoria e todos os membros da comunidade universitária a serem atores ativos em nível nacional, articulados ao Proifes e outros órgãos na mobilização junto à Mesa Nacional de Negociação dos Servidores Públicos Federais.
Em 2024, teremos muitos desafios e lutas a desenvolver e conquistar. A Apufsc-Sindical estará junto aos docentes e demais atores da comunidade universitária, cerrando fileiras para conquistar uma UFSC cada dia melhor, mais inclusiva, mais inovadora socialmente, culturalmente, economicamente e ecologicamente.