Nota da Diretoria:
Os problemas se agravam e precisamos responder a eles:
vote pela adesão à paralisação nacional da educação dos dias 02 e 03 outubro
As entidades nacionais dos docentes (ANDES e PROIFES), dos estudantes (UNE e ANPG) e dos técnicos (FASUBRA) chamam uma paralisação nacional conjunta de 48 horas nos dias 2 e 3 de outubro, com manifestações por todo o país em defesa da educação, da universidade pública e da ciência, ameaçadas pelo contingenciamento orçamentário de 2019, os cortes previstos para 2020 e o Projeto Future-se.
Diferente de uma greve por tempo indeterminado isolada na UFSC, forma de luta que foi rejeitada pelos docentes filiados ao sindicato neste momento, esta é uma iniciativa de mobilização com prazo limitado, unidade entre as categorias e impacto nacional, com potencial de sensibilizar a opinião pública e o poder político sobre as ameaças que enfrentamos e a necessidade de fazer frente a elas.
Seguindo deliberação unânime do Conselho de Representantes do dia 20, a Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta terça-feira, dia 23, encaminhou o processo de decisão, por votação eletrônica, sobre a adesão à paralisação.
Os problemas gerados pela falta de recursos nas universidades persistem e o bloqueio de 30% do orçamento da UFSC continua: a nossa universidade vai parar de funcionar em meados de outubro se o governo não liberar os cerca de 43 milhões de reais ainda retidos do orçamento. Algo que acontece também com as outras 63 universidades federais brasileiras. Sem esquecer os cortes no CNPq, Capes e Finep que afetam as universidades e nosso trabalho. Como se não bastasse, o Ministro da Educação anuncia o fim da carreira docente pelo regime estatutário e um novo sistema de contratação precária via CLT, volta a atacar ideologicamente as universidades, mentir sobre seus custos e ironizar a perda das bolsas. Mais do que qualquer outro governo, esse atual tem diuturnamente disparado narrativas que difamam a ciência, o trabalho docente e universidade pública. Suas medidas comprometem o presente e o futuro das universidades e do país.
Devemos enfrentar isso com sabedoria e também com firmeza.
Nesses dois dias, serão várias as atividades fora dos campi (como o UFSC na Praça), e no dia 03 estaremos nos somando à Marcha Catarinense pela Ciência e pela Educação, em conjunto com a SBPC e outras entidades da educação.
Parar para ir às ruas nos dias 02 e 03 de outubro é sinalizar de modo inequívoco aos governantes que a universidade pública brasileira não está indiferente às políticas de destruição em curso, e que não vai assistir quieta à sua inviabilização. Vamos parar as aulas por dois dias para marcharmos, juntos com os docentes, pesquisadores, alunos e técnicos de todo o Brasil, em defesa de nossa razão de ser, trabalhar e ensinar. Dê força a esta luta participando agora da votação e se fazendo presente nas atividades dos dias 02 e 03 de outubro.
Em 25 de outubro de 2019,
Diretoria da APUFSC-Sindical