Membros da Diretoria e do CR da Apufsc se reúnem com reitor para tratar da sede do sindicato e das condições de trabalho docente

Além das respostas dadas no encontro, Reitoria se comprometeu a enviar os encaminhamentos formalmente ao sindicato

O reitor Irineu Manoel de Souza recebeu, na tarde desta quinta-feira, dia 17, um grupo formado por membros da Diretoria da Apufsc-Sindical e do Conselho de Representes do sindicato para discutir assuntos que impactam diretamente na rotina da categoria docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Dois temas principais estavam na pauta: a sugestão que a Reitoria ficou de apresentar como alternativa à demolição da sede do sindicato no campus Florianópolis, e as respostas aos problemas identificados pela Apufsc no dossiê sobre as condições de trabalho docentes e situação geral da universidade.

Em relação ao primeiro assunto, na última reunião realizada com o reitor e equipe técnica da UFSC, o Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia (Dpae) afirmou que não há possibilidade de demolir os blocos modulados, que já estão interditados, sem demolir também a sede do sindicato. A Diretoria da Apufsc cobrou que uma alternativa fosse apresentada para que a entidade não ficasse sem sede no campus. Em reunião do CR, o posicionamento dos participantes foi contrário à demolição.

Na tarde desta quinta, o reitor apresentou a possibilidade de a Apufsc passar a ocupar o prédio conhecido como Flor do Campus, nas proximidades do Núcleo de Educação Infantil (NDI). “A Comissão de Espaço Físico, após muitos estudos, indicou uma possibilidade, o Flor do Campus, que poderia ficar de maneira provisória com a Apufsc, e posteriormente construir um prédio do sindicato no campus”, sugeriu Irineu.

Adriano Luiz Duarte, vice-presidente da Apufsc-Sindical, ressaltou a necessidade de se ter uma solução permanente, e não provisória, ao que o reitor respondeu que isso pode ser avaliado. “Se a Apufsc tiver interesse no Flor do Campus, pode ser permanente”, disse Irineu.

Com isso, a Reitoria fez duas sinalizações: a de um lugar para o qual a Apufsc poderia se mudar assim que for definido o cronograma de demolição da sede atual, e a de uma área para construção futura. A Diretoria solicitou que a Reitoria encaminhe formalmente ao sindicato essa posição, que será apresentada em reunião do CR na próxima segunda-feira, dia 21.

Reunião ocorreu na sede da Reitoria da UFSC (Foto: Stefani Ceolla/Apufsc)

Respostas ao dossiê

No segundo momento da reunião, o reitor apresentou verbalmente respostas a alguns dos problemas identificados no dossiê sobre as condições de trabalho e funcionamento geral da universidade, entregue pela Apufsc à Administração Central em maio desse ano. Antes de detalhar alguns pontos principais, Irineu explicou a demora na resposta: “A gente entende que esse relatório não é uma auditoria. Vai nos ajudar a subsidar ações, mas em nenhum momento nós entendemos que teríamos um prazo”.

Alguns pontos tratados pelo reitor foram os contratos de manutenção de equipamentos de ar-condicionado, bebedouros e projetores; obras em andamento ou com recurso garantido; falta de docentes e de técnicos-administrativos; e Centro de Convivência.

De maneira geral, Irineu ressaltou algumas dificuldades burcocráticas e orçamentárias. Para os equipamentos de ar-condicionado e bebedouros, a universidade está fazendo licitação seguindo orientações da Controladoria-Geral da União (CGU). Sobre o Centro de Convivência, a expectativa é que o projeto de revitalização esteja pronto até o fim desse ano.

À respeito da falta de docentes, Irineu lamentou a dificuldade de reposição. “Ficamos decepcionados com o que o governo ofereceu de vagas”, disse o reitor. Ele esperava que pelo menos 75 vagas de docentes fossem abertas na UFSC, sendo uma por departamento. No entanto, foram autorizadas apenas 15 para o magistério superior, e outras três para ensino básico.

O detalhamento das respostas aos problemas identificados no dossiê também será encaminhado por escrito à Apufsc, que o apresentará ao CR.

Orçamento

O reitor aproveitou a reunião para rebater a informação de que a UFSC já teve seu orçamento totalmente reposto. Do valor liberado pelo governo federal, segundo Irineu, ainda faltam ser repassados à universidade R$ 5 milhões. E, apesar dessa reposição, a UFSC não tem recursos para suficientes para as atividades até o fim de 2023. “Nosso orçamento só vai até outubro. Faltam R$ 36 milhões para fechar o ano”, afirmou Irineu.

Para tentar contornar a situação, duas medidas serão tomadas nos próximos dias: a negociação das contas de luz e água com a Celesc e Casan, e uma reunião no Ministério da Educação, em Brasília, para solicitação de recursos.

Participaram da reunião o vice-presidente da Apufsc, Adriano Luiz Duarte, a secretária-geral Viviane Heberle, a diretora financeira Karine Simoni, o diretor financeiro adjunto, Santiago Francisco Yunes, e os membros do CR Antonio Fernando Härter Fetter Filho, Fabiana Quatrin Piccinin, Raphael Falcão da Hora e Raul Valentim da Silva.

Imprensa Apufsc