Diretoria da Apufsc propõe Assembleia Geral no dia 12 para docentes decidirem sobre adesão ou não à paralisação
Servidores públicos de todo o país irão às ruas no dia 18 de março para mostrar sua insatisfação com a política de ataque ao funcionalismo promovida pelo atual governo. Os servidores terão apoio de trabalhadores de outros setores, que também estão sendo convocados pelas centrais sindicais para irem às ruas, assim como de estudantes que na, mesma data, farão um ato nacional em defesa da Educação. A paralisação também é contra os cortes generalizados de despesas públicas e o sucateamento de serviços essenciais, como educação, saúde e justiça, e em defesa da democracia.
A diretoria da Apufsc vai propor ao Conselho de Representantes a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária, no dia 12 de março, para discutir a adesão ou não dos docentes à paralisação. O local e horário da AGE serão divulgados nos meios de comunicação do sindicato após a reunião do conselho.
A mobilização marcada para o dia 18, além de ser um indicativo de resistência da categoria às medidas do governo federal, é uma forma de esclarecer à sociedade sobre a importância do serviço público. Desde o ano passado, o funcionalismo vem sendo desmoralizado pelo presidente e por seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que chegou a chamar os servidores de “parasitas”.
Colocar a população contra o funcionalismo é parte de uma estratégia de desmonte do serviço público, que inclui medidas concretas como a suspensão dos concursos e cortes orçamentários. Sem novas contratações, o governo tenta pressionar a categoria a aceitar a Reforma Administrativa e a PEC Emergencial, que preveem entre outras coisas, o fim da estabilidade, redução de jornada e de salários.
Não faltam motivos para ir às ruas, mas o presidente Jair Bolsonaro tratou, no fim do feriado de carnaval, de apresentar mais um, ao apoiar a convocação de um ato contra o Congresso e o Judiciário. No dia 18, os protestos serão também em defesa da democracia.