Produtor cultural Antonio Cava foi o debatedor convidado nesta primeira edição do evento promovido pela Apufsc-Sindical, Movimento Humaniza SC, DAC/UFSC e Sead/UFSC
O Cineclube 757 teve sua estreia nesta segunda-feira, dia 27, com a obra do cineasta italiano Federico Fellini, apresentada pelo produtor cultural Antonio Cava. O evento foi realizado no Teatro Carmen Fossari e teve a presença da secretária de Cultura, Arte e Esporte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Eliane Santana Dias Debus, do presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, e do vice-presidente, Adriano Luiz Duarte. O Cineclube 757 é promovido pela Apufsc-Sindical, Movimento Humaniza SC, Departamento Artístico e Cultural (DAC) e Secretaria de Educação a Distância (Sead) da UFSC.
O encontro foi aberto pelo cineasta Zeca Pires, que também é servidor do DAC. Em sua fala, fez a analogia de que “o cinema é um boeing, e a gente precisa de aeroporto para pousar. Festivais como o de Cannes são aeroportos. Se o Cineclube 757 não for um aeroporto, que seja um campo de pouso, e que pousem muitos filmes.” Zeca Pires convidou para se unir a ele em frente ao palco do teatro o professor Adriano Luiz Duarte e o servidor Dilney Carvalho da Silva, conhecido como Peri, que estava representando a Sead.
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Estreia do Cineclube 757 aconteceu no Teatro Carmen Fossari e na Igrejinha da UFSC. No teatro aconteceu a apresentação do debatedor convidado, Antonio Cava, e exibição do documentário sobre Fellini. Já na Igrejinha da UFSC, houve uma exposição de cartazes originais dos filmes do cineasta (Fotos: Lais Godinho/Apufsc)
Peri explicou que o Cineclube 757 nasceu da vontade de ter um espaço institucional e pedagógico para debater cinema. Sobre o nome escolhido para a iniciativa, explicou que 757 é o número do endereço da Sead no Centro, que fica na rua Dom Joaquim. A ideia era que o cineclube acontecesse naquele espaço, entretanto, por questões de acessibilidade, foi escolhido o Teatro Carmen Fossari para começar. O nome também faz homenagem a Cineclube Art 7.
Em nome da Apufsc-Sindical, Adriano explicou o papel do sindicato no cineclube. “A gente briga por salários, a gente briga por melhores condições de trabalho, mas a gente também briga por cultura e um espaço pacífico de convivência”, disse ao mencionar também a iniciativa Humaniza SC, à qual a Apufsc integra e também está promovendo o cineclube.
Exposição de cartazes originais
Antonio Cava, produtor cultural, autor de teatro, é especializado na obra de Fellini e foi curador da mostra “Circo Fellini” e do “Festival Fellini”. Por mais de 30 anos, colecionou cartazes originais, filmes, livros, desenhos e fotografias do cineasta, que hoje disponibiliza em exposição permanente no Museu Guido Viaro, em Curitiba. Parte desse acervo foi exibido durante o evento, no espaço da Igrejinha da UFSC, que fica ao lado do Teatro Carmen Fossari.
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Parte do acervo da exposição permanente sobre Fellini do Museu Guido Viaro, de Curitiba, os cartazes originais dos filmes foram trazidos à Florianópolis para a estreia do Cineclube 757 (Fotos: Lais Godinho/Apufsc)
“Cineclubes são muito importantes para a continuação da arte”, enalteceu Cava. O convidado apresentou a biografia de Fellini e 20 dos seus longa-metragens na palestra intitulada “59 minutos com Fellini”, começando pela história do cineasta com sua esposa, Giulietta Masina. Cava contou a trajetória do cineasta por meio de sua obra, introduzindo a história de cada obra e o momento de vida, incluindo as premiações que ganhou. A biografia de Fellini vai até 1993, ano em que ganhou seu quinto e último Oscar e ano em que faleceu, deixando um extenso legado ao cinema e à cultura.
Apesar de fazer essa palestra há 20 anos, a noite também foi de estreia para Cava. “Eu estou morando há três anos em Florianópolis. Eu cheguei em Florianópolis e veio a pandemia. Então esse é minha primeira exposição em Florianópolis, minha primeira palestra também e o primeiro filme que eu vou exibir. Para mim, tem um valor simbólico muito grande de volta, de retorno e de estreia também”, contou à Apufsc.
O filme escolhido para exibir no Cineclube 757 foi o documentário “A magia de Fellini” (2003), que conta a vida e a carreira do cineasta com entrevistas, cenas de arquivo e bastidores de filmes. Woody Allen, Martin Scorsese, Donald Sutherland, Claudia Cardinale, Anita Ekberg, Anthony Quinn, Nino Rota, Roberto Benigni e Dino de Laurentis estão entre os entrevistados. Após a exibição do filme, Cava esteve à disposição para perguntas.
Próximas edições do Cineclube 757
17/4 – “Noite e Neblina”, de Alain Resnais (1955/33min/Cor e PB)
22/5 – “O Fascismo de todos dias”, de Mikhail Romm (1965/2horas10min/PB)
19/6 – “O ovo da serpente”, de Ingmar Bergman (1977/120min/Cor)
10/7 – “De Caligari a Hitler”, de Rüdiger Suchsland (2014/1hora58min/PB)
Lais Godinho
Imprensa Apufsc