Estava relendo meus velhos textos e cotejando com esta notícia. Parece que, como escrevi no ano passado, a negociação não existe e o medo é a técnica para impor mudanças. No ano passado cortaram as verbas na educação, semearam o medo, e finalmente voltaram atras, com todas as consequências que não vou enumerar cá. Neste ano, o processo se repete com as verbas, para variar, e pode ser que voltem atrás, ou não, com todas as consequências que também não vou enumerar cá. Se não voltarem atrás pode ser que a solução para a falta de professores seja desrespeitar a lei, como se desrespeita por exemplo na aparente impossibilidade de progressão funcional com a devida remuneração. Quem sabe propõem que os que estão com tempo de serviço completado não poderão se aposentar até a economia não melhorar e poderem ser contratados professores novamente. No caso mais extremo poderiam ser desaposentados os professores que não estão mais na ativa. Seriam considerados de reserva? Enfim, a norma poderia ser: se está respirando pode trabalhar.
Até a cova, ou até mais, o que vier primeiro.
Por Nestor Roqueiro
Professor do DAS/CTC