Reajustes variam entre 25% e 200% nas bolsas de graduação, pós-graduação, de iniciação científica e na Bolsa Permanência e contemplam 258 mil bolsistas
Na última quinta-feira, dia 16, o Governo Federal anunciou o reajuste do valor das bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Diante dos novos valores, a diretoria da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou uma nota, na qual pondera que a defasagem é mais expressiva do que os índices concedidos e aponta necessidade de ampliar disponibilidade de concessões e reajuste das bolsas de produtividade em pesquisa.
Confira a nota na íntegra:
“A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) cumprimenta o governo federal e, em particular, os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, bem como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo reajuste anunciado nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, nas bolsas do CNPq e da Capes e também nas taxas de bancada. Depois de quase dez anos sem recomposição do seu valor, esse reajuste constitui uma notícia auspiciosa para a ciência no Brasil e indica a retomada da valorização da inteligência pelo poder público federal.
Porém, importa salientar que, mesmo depois desse aumento, os valores ainda são insuficientes para a manutenção digna da maior parte dos estudantes, já que a defasagem é mais expressiva do que os índices concedidos. O número de bolsas também não consegue atender à demanda qualificada do sistema de pesquisas brasileiro, e uma maior disponibilidade de concessões se faz necessário.
Esperamos que, nos próximos meses, o governo federal proceda o reajuste também das Bolsas de Produtividade em Pesquisa, bem como reveja a questão das taxas de bancada, que auxiliam na participação de pesquisadores e estudantes em congressos e na aquisição de pequenos materiais de consumo.
Sugerimos também que haja um compromisso de aumentos anuais nos valores das bolsas, pelo menos de acordo com os índices inflacionários.”
Fonte: Jornal da Ciência