Em entrevista ao Jornal da Ciência, ministra Luciana Santos disse que além de conter a “fuga de cérebros”, planeja fazer uma “busca ativa” de cientistas que saíram do país
Durante encontro com representantes de sociedades científicas ligadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na última sexta-feira, dia 10, em São Paulo, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antônio Zago, afirmou que há uma crise na formação de recursos humanos qualificados, em especial de novos pesquisadores, que já vem de alguns anos, mas foi aprofundada pela pandemia.
No Brasil, o problema é ainda mais grave, tendo em vista o desestímulo sistemático à pesquisa científica perpetrado pelo governo que se encerrou em 2022. Segundo ele, a Fapesp registrou queda de 30% na demanda por auxílios, incluindo de novas bolsas; diminuição de procura e matrículas nos cursos de pós-graduação, além de uma “queda de 40% das matrículas de graduação em engenharia no setor privado”.
O presidente da Fapesp se dirigia à engenheira eletricista Luciana Santos indagando como ela pretende resolver essa questão à frente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Sobre o resgate dos jovens para a ciência, a ministra disse que pretende fazer uma “busca ativa” de cientistas para projetos específicos, como por exemplo, a recuperação da Ceitec (empresa pública que atua na área de semicondutores). Disse ainda que pretende fazer reunião com cientistas que estão fora do País para ouvir deles se querem ou não voltar, e em que condições. “Muitas vezes, a melhor maneira de você buscar caminhos é ouvir a realidade objetiva de quem se evadiu para a gente poder ter soluções”, afirmou.
Leia na íntegra: Jornal da Ciência